Economia

Fischer, do Fed, diz que mercado de trabalho está forte

Fischer não disse se o Fed deve aumentar a taxa de juros em dezembro, mas observou que os investidores estavam apostando em uma alta no mês que vem

Fischer: "O mercado de trabalho tem tido, em geral, um bom ano", afirmou Fischer (Kevin Lamarque/Reuters)

Fischer: "O mercado de trabalho tem tido, em geral, um bom ano", afirmou Fischer (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 19h07.

Washington - O mercado de trabalho está próximo do pleno emprego e a economia poderia, em algum ponto, ultrapassar as metas do Federal Reserve, banco central norte-americano, para emprego e inflação, afirmou o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, nesta sexta-feira.

Fischer não disse se o Fed deve aumentar a taxa de juros em dezembro, mas ele observou que os investidores no mercado financeiro estavam apostando em uma alta no mês que vem.

"O mercado de trabalho tem tido, em geral, um bom ano", afirmou Fischer em comentários preparados para uma conferência no Fundo Monetário Internacional (FMI), descrevendo a situação do emprego nos Estados Unidos como "próxima do pleno emprego."

O mercado de trabalho dos EUA criou 161 mil empregos em outubro, mostraram dados divulgados mais cedo na sexta-feira, e Fischer disse que a economia provavelmente só precisa criar entre 65 mil e 115 mil postos por mês para manter o pleno emprego.

Ele pareceu reconhecer que o mercado de trabalho nos EUA poderia superaquecer e que a inflação poderia superar a meta de 2 por cento do Fed, embora ele não tenha dito quando a economia dos EUA pode exceder os objetivos do Fed.

Fischer afirmou que as perspectivas de crescimento de longo prazo são bastante incertas, em parte, porque os economistas não entendem as razões pelas quais o crescimento da produção média por hora trabalhada tem estagnado.

Referindo-se à hipótese de que o crescimento mais acelerado na demanda pode levar a uma aceleração da produtividade, Fischer disse que um melhor entedimento pode ser desenvolvido se o mercado de trabalho ficar mais apertado e a inflação subir.

"Será respondida pelo comportamento da produção e da inflação conforme nós nos aproximamos e talvez, em certa medida, ultrapassemos nossas metas de emprego e inflação", afirmou Fischer.

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