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Fibria vê viabilidade em alta de preços de celulose

Empresa anunciou um aumento de preços globais de celulose branqueada de eucalipto a partir de 1º de outubro

Celulose: melhor demanda sazonal deverá permitir aumento de preços bem sucedido (Rich Press/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 12h49.

São Paulo - Analistas do Citi afirmaram que a produtora de celulose Fibria espera que a implementação de um aumento de preços anunciado para outubro seja bem sucedida, após participarem de evento com a administração da empresa em São Paulo.

A Fibria anunciou um aumento de preços globais de celulose branqueada de eucalipto a partir de 1º de outubro.

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A companhia informou à Reuters que elevará os preços para 750 dólares por tonelada na Europa, 840 dólares por tonelada nos Estados Unidos e 640 dólares por tonelada na Ásia .

Segundo os analistas Juan Tavarez e Felipe Koh, do Citi, o diretor-comercial da Fibria, Henri Philippe van Keer, espera que a melhor demanda sazonal e o fechamento recente de capacidades de produção no mercado permitam a implementação bem sucedida do aumento, de cerca de 20 dólares por tonelada.

"A demanda de clientes por descontos continua a se intensificar com a recente adição de oferta, mas os descontos não estão mostrando uma mudança significativa no curto prazo", escreveram em relatório divulgado a clientes nesta quarta-feira.

A ação da Fibria começou a subir com força no início de setembro, antes mesmo de a empresa confirmar a alta de preços, com investidores encorajados pela perspectiva de um aumento após a Ence, líder europeia na produção de celulose de eucalipto, anunciar o fechamento de capacidade produtiva no complexo industrial de Huelva.

Em setembro, a ação da companhia acumula valorização de cerca de 11 por cento na Bovespa.

Na ocasião da divulgação do resultado trimestral em julho, a Fibria afirmou que via chance de aumento de preços até o final do ano, uma vez que os valores do insumo teriam chegado ao "fundo do poço".

Os analistas do Citi acrescentaram que o presidente-executivo da Fibria, Marcelo Castelli, continua a apontar preferência pelo crescimento via fusões e aquisições, mas que a fonte mais visível de crescimento atualmente permanece sendo o projeto de expansão em sua fábrica de Três Lagoas (MS).

"No entanto, uma decisão sobre Três Lagoas II foi adiada conforme a Fibria aguarda propostas de equipamentos de fornecedores", escreveram.

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