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Fazenda vê queda de 3,1% do PIB em 2016 e alta de 1% em 2017

A nova expectativa está em anexo do projeto que propõe alteração da meta fiscal deste ano

Nelson Barbosa: já na inflação, o Ministério da Fazenda manteve a projeção de alta de 7,44% este ano, vendo aumento de 6% em 2017 (José Cruz/ Agência Brasil/ Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2016 às 19h13.

Brasília - O Ministério da Fazenda previu que o Produto Interno Bruto ( PIB ) terá um recuo de 3,1 por cento neste ano, ligeiramente pior que o estimado anteriormente, mas ainda mais otimista que a leitura de mercado.

A nova expectativa está em anexo do projeto que propõe alteração da meta fiscal deste ano, enviado nesta segunda-feira ao Congresso Nacional. Há menos de uma semana, a pasta havia divulgado que via contração de 3,05 por cento da economia neste ano, em seu relatório de receitas e despesas do 1o bimestre.

Para 2017, a previsão é de alta de 1,0 por cento do PIB, seguida por nova expansão de 2,9 por cento em 2018.

Os números contrastam com os de economistas, que veem, segundo levantamento Focus mais recente divulgado pelo Banco Central, uma queda na atividade econômica de 3,66 por cento em 2016. Para 2017 e 2018, a perspectiva é de um crescimento bem mais modesto, de 0,35 por cento e 1,50 por cento, respectivamente.

Em relação à inflação, a Fazenda manteve a projeção de alta de 7,44 por cento este ano, vendo aumento de 6 por cento em 2017. Para 2018, a expectativa é que o avanço de preços domésticos vá ficar em 5,44 por cento. Em todos os anos, os percentuais são mais alinhados com os do mercado. Economistas, também segundo o Focus, apontam inflação de 7,31 por cento em 2016, de 6 por cento em 2017 e de 5,41 por cento em 2018.

Eles diferem, contudo, do compromisso que vem sendo martelado pelo BC, de terminar 2016 com a inflação dentro do limite da meta, fazendo-a convergir para o centro da meta de 4,5 por cento em 2017.

Neste ano, a banda de tolerância para a inflação é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, caindo a 1,5 ponto percentual no ano que vem.

O cenário macroeconômico de referência traçado pela Fazenda considera ainda uma Selic de 14,25 por cento ao final de 2016, patamar atual da taxa básica de juros, que segue inalterado desde julho de 2015.

Segundo a Fazenda, os juros devem cair a 12,75 por cento ao final de 2017, cedendo mais um pouco em 2018, a 11,50 por cento ao ano.

Em relação ao câmbio, a expectativa da Fazenda é de um dólar a 4,36 reais ao final de 2016, 4,40 reais ao fim de 2017 e 4,33 reais ao fim de 2018.

Texto atualizado às 19h12

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Brasília - O Ministério da Fazenda previu que o Produto Interno Bruto ( PIB ) terá um recuo de 3,1 por cento neste ano, ligeiramente pior que o estimado anteriormente, mas ainda mais otimista que a leitura de mercado.

A nova expectativa está em anexo do projeto que propõe alteração da meta fiscal deste ano, enviado nesta segunda-feira ao Congresso Nacional. Há menos de uma semana, a pasta havia divulgado que via contração de 3,05 por cento da economia neste ano, em seu relatório de receitas e despesas do 1o bimestre.

Para 2017, a previsão é de alta de 1,0 por cento do PIB, seguida por nova expansão de 2,9 por cento em 2018.

Os números contrastam com os de economistas, que veem, segundo levantamento Focus mais recente divulgado pelo Banco Central, uma queda na atividade econômica de 3,66 por cento em 2016. Para 2017 e 2018, a perspectiva é de um crescimento bem mais modesto, de 0,35 por cento e 1,50 por cento, respectivamente.

Em relação à inflação, a Fazenda manteve a projeção de alta de 7,44 por cento este ano, vendo aumento de 6 por cento em 2017. Para 2018, a expectativa é que o avanço de preços domésticos vá ficar em 5,44 por cento. Em todos os anos, os percentuais são mais alinhados com os do mercado. Economistas, também segundo o Focus, apontam inflação de 7,31 por cento em 2016, de 6 por cento em 2017 e de 5,41 por cento em 2018.

Eles diferem, contudo, do compromisso que vem sendo martelado pelo BC, de terminar 2016 com a inflação dentro do limite da meta, fazendo-a convergir para o centro da meta de 4,5 por cento em 2017.

Neste ano, a banda de tolerância para a inflação é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, caindo a 1,5 ponto percentual no ano que vem.

O cenário macroeconômico de referência traçado pela Fazenda considera ainda uma Selic de 14,25 por cento ao final de 2016, patamar atual da taxa básica de juros, que segue inalterado desde julho de 2015.

Segundo a Fazenda, os juros devem cair a 12,75 por cento ao final de 2017, cedendo mais um pouco em 2018, a 11,50 por cento ao ano.

Em relação ao câmbio, a expectativa da Fazenda é de um dólar a 4,36 reais ao final de 2016, 4,40 reais ao fim de 2017 e 4,33 reais ao fim de 2018.

Texto atualizado às 19h12

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