As vendas para o exterior transformaram-se no motor da indústria brasileira em 2006. Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta terça-feira (10/10) mostra que as maiores altas na produção industrial este ano ocorreram nas regiões fabricantes de produtos para exportação.

Enquanto a atividade fabril do país registra expansão de 2,8% no ano na média nacional, os estados do Pará, Ceará e Espírito Santo tiveram crescimento de 15,4%, 8% e 6%, respectivamente, em suas indústrias. Entre janeiro e agosto, essas regiões destacaram-se, principalmente, pela indústria extrativa, textil, de metalurgia básica e de refino de petróleo e produção de álcool.

Em compensação, o Rio Grande do Sul sofre um significativo desaquecimento no seu setor industrial, acumulando no ano queda de 3,5% em função "do desempenho desfavorável dos setores agrícola e de calçados", destaca o IBGE.

Agosto

No mês retrasado, os estados que mais aumentaram a produção de suas indústrias foram Bahia (3,2%), Goiás (2,1%), Minas Gerais (1,3%), Rio de Janeiro (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,9%) Já São Paulo, Paraná, Pará e a região Nordeste cresceram 0,5%, 0,4%, 0,5% e 0,5%, respectivamente, desempenho abaixo da média nacional de 0,7%.

Contrastando com o resultado do ano, Espírito Santo e Ceará viram suas produções encolherem 5,8% e 2,2% em agosto, na comparação com julho. Em Pernambuco e em Santa Catarina também houve redução, de 3% e 0,2%, respectivamente, e no Amazonas, a produção ficou estável.

Das 14 regiões analisadas pelo IBGE, nove tiveram expansão no mês retrasado, uma manteve-se estável e quatro apresentaram queda.