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Europa se mobiliza contra austeridade com greves e protestos

As manifestações paralisam principalmente Espanha e Portugal, dois dos países mais frágeis da região

Manifestantes protestam durante uma greve geral em Madri em 14 de novembro: duas pessoas foram detidas após confrontos entre manifestantes e policiais (Dominique Faget/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h17.

Madri - A Europa está mobilizada nesta quarta-feira contra a austeridade em um dia marcado por greves gerais e protestos, que paralisam principalmente Espanha e Portugal, dois dos países mais frágeis da região, onde a indignação popular cresce cada vez mais pelo desemprego e pela precariedade.

Itália e Grécia também integram o movimento, enquanto em outros países, como França ou Alemanha, foram feitas convocações para manifestações nas ruas contra a austeridade.

"Esta primeira greve ibérica" é "um sinal de grande indignação e uma advertência às autoridades europeias", afirmou Armenio Carlos, secretário-geral do CGTP, o principal sindicato português.

Já na Espanha, ainda de madrugada - coincidindo com os turnos noturnos das empresas - piquetes informativos se instalaram nas portas das estações de trem, mercados, fábricas ou lojas de cidades como Madri ou Barcelona com bandeiras vermelhas com os símbolos dos sindicatos espanhóis UGT e CCOO.

Na capital, os manifestantes carregavam grandes cartazes com o slogan do dia: "Nos deixam sem futuro, há culpados, há soluções", fazendo referência ao desemprego que atinge um quarto da população economicamente ativa do país.

Em Madri, duas pessoas foram detidas após confrontos entre manifestantes e policiais, depois que as forças de segurança tentaram dispersar manifestantes que bloqueavam a "Gran Vía", uma das avenidas centrais de Madri.


De acordo com o ministério do Interior espanhol, foram registrados "incidentes isolados" desde a manhã desta quarta-feira em várias cidades, com um saldo de 34 feridos, incluindo 18 policiais, e 62 pessoas foram detidas.

Desde a última greve geral, em 29 de março, as manifestações se sucedem contra as políticas de austeridade implementadas pelo governo, que preveem 150 bilhões de euros de economia até 2014 e que afetam duramente os mais vulneráveis.

Portugal também está em ponto morto nesta quarta-feira, com trens e metrôs fora de funcionamento e muitos aviões parados nos aeroportos, em uma mobilização convocada pelo CGTP para protestar contra as medidas de austeridade do governo de centro-direita.

"Fora a troica", diziam os cartazes espalhados por Lisboa exigindo a saída dos credores de Portugal, que avaliam atualmente as medidas de austeridade colocadas em andamento pelo governo em troca de uma ajuda internacional de 78 bilhões de euros, concedida ao país em maio de 2011.

Na Itália, os protestos contra as políticas do governo deixaram seis policiais feridos, um deles em estado grave, após confrontos com os manifestantes em Milão e Turim, informaram meios de comunicação italianos.

Ativistas espancaram um policial com paus e tacos de beisebol em Turim, enquanto cinco outros policiais ficaram feridos durante confrontos nas ruas do centro de Milão.

Roma também era palco de protestos e de uma greve geral de quatro horas, convocados pelo maior sindicato do país, CGIL.

"Somos a Europa que se rebela, não devemos nada a ninguém", dizia um cartaz gigante em um protesto de estudantes universitários no centro histórico da capital italiana, praticamente bloqueada por quatro marchas diferentes.

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Madri - A Europa está mobilizada nesta quarta-feira contra a austeridade em um dia marcado por greves gerais e protestos, que paralisam principalmente Espanha e Portugal, dois dos países mais frágeis da região, onde a indignação popular cresce cada vez mais pelo desemprego e pela precariedade.

Itália e Grécia também integram o movimento, enquanto em outros países, como França ou Alemanha, foram feitas convocações para manifestações nas ruas contra a austeridade.

"Esta primeira greve ibérica" é "um sinal de grande indignação e uma advertência às autoridades europeias", afirmou Armenio Carlos, secretário-geral do CGTP, o principal sindicato português.

Já na Espanha, ainda de madrugada - coincidindo com os turnos noturnos das empresas - piquetes informativos se instalaram nas portas das estações de trem, mercados, fábricas ou lojas de cidades como Madri ou Barcelona com bandeiras vermelhas com os símbolos dos sindicatos espanhóis UGT e CCOO.

Na capital, os manifestantes carregavam grandes cartazes com o slogan do dia: "Nos deixam sem futuro, há culpados, há soluções", fazendo referência ao desemprego que atinge um quarto da população economicamente ativa do país.

Em Madri, duas pessoas foram detidas após confrontos entre manifestantes e policiais, depois que as forças de segurança tentaram dispersar manifestantes que bloqueavam a "Gran Vía", uma das avenidas centrais de Madri.


De acordo com o ministério do Interior espanhol, foram registrados "incidentes isolados" desde a manhã desta quarta-feira em várias cidades, com um saldo de 34 feridos, incluindo 18 policiais, e 62 pessoas foram detidas.

Desde a última greve geral, em 29 de março, as manifestações se sucedem contra as políticas de austeridade implementadas pelo governo, que preveem 150 bilhões de euros de economia até 2014 e que afetam duramente os mais vulneráveis.

Portugal também está em ponto morto nesta quarta-feira, com trens e metrôs fora de funcionamento e muitos aviões parados nos aeroportos, em uma mobilização convocada pelo CGTP para protestar contra as medidas de austeridade do governo de centro-direita.

"Fora a troica", diziam os cartazes espalhados por Lisboa exigindo a saída dos credores de Portugal, que avaliam atualmente as medidas de austeridade colocadas em andamento pelo governo em troca de uma ajuda internacional de 78 bilhões de euros, concedida ao país em maio de 2011.

Na Itália, os protestos contra as políticas do governo deixaram seis policiais feridos, um deles em estado grave, após confrontos com os manifestantes em Milão e Turim, informaram meios de comunicação italianos.

Ativistas espancaram um policial com paus e tacos de beisebol em Turim, enquanto cinco outros policiais ficaram feridos durante confrontos nas ruas do centro de Milão.

Roma também era palco de protestos e de uma greve geral de quatro horas, convocados pelo maior sindicato do país, CGIL.

"Somos a Europa que se rebela, não devemos nada a ninguém", dizia um cartaz gigante em um protesto de estudantes universitários no centro histórico da capital italiana, praticamente bloqueada por quatro marchas diferentes.

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