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EUA, México e Canadá planejam aprofundar vínculos comerciais

Presidentes dos Estados Unidos e do México, juntamente com o primeiro-ministro canadense, comprometeram-se a aprofundar seus vínculos comerciais

Os presidentes americano, Barack Obama (E), e mexicano, Enrique Peña Nieto: governos não pretendem retomar o Nafta (Yuri Cortez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 13h53.

Toluca - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , o mexicano Enrique Peña Nieto e o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, comprometeram-se a aprofundar seus vínculos comerciais, durante a cúpula da América do Norte.

Peña Nieto foi o anfitrião da VII Cúpula da América do Norte no palácio de governo de Toluca, situada a 70 km da capital federal, em busca de medidas para aprofundar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), que entrou em vigor em 1994.

Durante a coletiva de imprensa de encerramento da cúpula, o presidente mexicano declarou que a reunião deve contribuir para tornar a América do Norte "a região mais competitiva do mundo".

Os três governos não pretendem retomar o Nafta, que impulsionou um crescimento nos últimos vinte anos de 265,4% do comércio trilateral.

Em contrapartida, os governos esperam reforçar o bloco comercial que representa um terço do Produto Interno Bruto do mundo, com a possibilidade de chegar a um acordo comercial com os países asiáticos, conhecido como o Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).

Obama admitiu que já enfrenta a oposição de membros de seu próprio Partido Democrata.

"O que disse ao presidente Peña Nieto e ao primeiro-ministro Harper é que o aprovaremos se for um bom acordo", declarou Obama na coletiva de imprensa, após a qual retornou aos Estados Unidos.

Os três líderes concordaram em questões que vão desde facilitar os fluxos de comércio na América do Norte, proteger a borboleta monarca em extinção que vive na região e continuar a cooperar em matéria de segurança.

Obama e Harper também elogiaram Peña Nieto por seu pacote de reformas na área econômica e energética.


Apesar de seus laços comerciais, várias controvérsias surgiram durante as conversas.

Obama preferiu não comentar sobre o que pretende fazer com o oleoduto Keystone XL, um projeto controverso que levaria petróleo do Canadá ao Texas (centro-sul dos EUA) e que provocou objeções de ambientalistas.

O presidente americano limitou-se a dizer que seu secretário de Estado, John Kerry, estuda a questão.

Ao mesmo tempo, Obama reiterou a Peña Nieto que a aprovação de uma reforma migratória em seu país continua a ser uma de suas "prioridades".

Mas o mandatário não informou como pretende vencer a resistência do Partido Republicano no Congresso para aprovar uma lei que permita a 11 milhões de imigrantes ilegais, muitos deles mexicanos, sair das sombras.

Por sua vez, Peña Nieto voltou a pedir a Harper que elimine a obrigação imposta em 2009 aos mexicanos de obter um visto para visitar o Canadá, o que aborrece o país latino-americano.

Apesar dessas divergências, o presidente mexicano considerou que a cúpula permitiu aos três líderes fortalecer sua amizade.

Os sócios emitiram uma declaração conjunta anunciando a criação de um Programa Norte-americano de Viajantes para facilitar os deslocamentos de seus cidadãos, assim como a promoção dos intercâmbios estudantis e a melhora das infraestruturas fronteiriças.

Também se comprometeram a proteger um símbolo da região, a borboleta monarca, uma espécie que emigra do Canadá ao México e cuja população sofreu uma drástica queda nos últimos anos.

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Toluca - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , o mexicano Enrique Peña Nieto e o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, comprometeram-se a aprofundar seus vínculos comerciais, durante a cúpula da América do Norte.

Peña Nieto foi o anfitrião da VII Cúpula da América do Norte no palácio de governo de Toluca, situada a 70 km da capital federal, em busca de medidas para aprofundar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), que entrou em vigor em 1994.

Durante a coletiva de imprensa de encerramento da cúpula, o presidente mexicano declarou que a reunião deve contribuir para tornar a América do Norte "a região mais competitiva do mundo".

Os três governos não pretendem retomar o Nafta, que impulsionou um crescimento nos últimos vinte anos de 265,4% do comércio trilateral.

Em contrapartida, os governos esperam reforçar o bloco comercial que representa um terço do Produto Interno Bruto do mundo, com a possibilidade de chegar a um acordo comercial com os países asiáticos, conhecido como o Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).

Obama admitiu que já enfrenta a oposição de membros de seu próprio Partido Democrata.

"O que disse ao presidente Peña Nieto e ao primeiro-ministro Harper é que o aprovaremos se for um bom acordo", declarou Obama na coletiva de imprensa, após a qual retornou aos Estados Unidos.

Os três líderes concordaram em questões que vão desde facilitar os fluxos de comércio na América do Norte, proteger a borboleta monarca em extinção que vive na região e continuar a cooperar em matéria de segurança.

Obama e Harper também elogiaram Peña Nieto por seu pacote de reformas na área econômica e energética.


Apesar de seus laços comerciais, várias controvérsias surgiram durante as conversas.

Obama preferiu não comentar sobre o que pretende fazer com o oleoduto Keystone XL, um projeto controverso que levaria petróleo do Canadá ao Texas (centro-sul dos EUA) e que provocou objeções de ambientalistas.

O presidente americano limitou-se a dizer que seu secretário de Estado, John Kerry, estuda a questão.

Ao mesmo tempo, Obama reiterou a Peña Nieto que a aprovação de uma reforma migratória em seu país continua a ser uma de suas "prioridades".

Mas o mandatário não informou como pretende vencer a resistência do Partido Republicano no Congresso para aprovar uma lei que permita a 11 milhões de imigrantes ilegais, muitos deles mexicanos, sair das sombras.

Por sua vez, Peña Nieto voltou a pedir a Harper que elimine a obrigação imposta em 2009 aos mexicanos de obter um visto para visitar o Canadá, o que aborrece o país latino-americano.

Apesar dessas divergências, o presidente mexicano considerou que a cúpula permitiu aos três líderes fortalecer sua amizade.

Os sócios emitiram uma declaração conjunta anunciando a criação de um Programa Norte-americano de Viajantes para facilitar os deslocamentos de seus cidadãos, assim como a promoção dos intercâmbios estudantis e a melhora das infraestruturas fronteiriças.

Também se comprometeram a proteger um símbolo da região, a borboleta monarca, uma espécie que emigra do Canadá ao México e cuja população sofreu uma drástica queda nos últimos anos.

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