Exame Logo

Espanha crescerá em 2014 e terá desemprego de 25% até 2016

Os números foram anunciados pelo ministro da Economia, Luis de Guindos, que situou o déficit para 2013 em 6,3%, superior ao 4,5% previsto anteriormente

Espanha: em relação ao objetivo de déficit, o saldo negativo para o ano que vem será de 5,5%, e caíra até 4,1% em 2015 e para 2,7% em 2016. (AFP/ Philippe Huguen)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 14h51.

Madri - A economia espanhola cairá neste ano 1,3%, ao invés da taxa de 0,5% prevista anteriormente, só começará a crescer em 2014 e o desemprego, face mais dramática da crise no país, seguirá em níveis próximos a 25% até 2016.

Os números foram anunciados nesta sexta-feira pelo ministro da Economia, Luis de Guindos, que além disso situou o déficit para 2013 em 6,3%, superior ao 4,5% previsto anteriormente.

Em um contexto de grave crise, e após ser divulgado ontem que o desempregou alcançou uma taxa de desemprego de 27,1% da população ativa, a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou que isso "obriga a se trabalhar ainda mais no crescimento econômico para reduzir os desequilíbrios", por isso o Conselho de Ministros aprovou novas reformas estruturais para a consolidação das contas públicas.

A vice-presidente afirmou que não haverá "alterações nos grandes eixos" da política econômica estipulada pelo governo conservador do Partido Popular desde sua chegada ao poder há um ano e meio.

Os dados expostos fazem parte da atualização das previsões macroeconômicas do Programa de Estabilidade aprovado hoje pelo governo de Mariano Rajoy e que será enviada para a União Europeia (UE).

Segundo De Guindos, em 2014 começará a recuperação da economia espanhola e a saída da recessão, pois se alcançará um crescimento positivo do 0,5%, que será de 0,9% em 2015 e de 1,3% em 2016.

Em relação ao objetivo de déficit, o saldo negativo para o ano que vem será de 5,5%, e caíra até 4,1% em 2015 e para 2,7% em 2016, ou seja, um atraso de dois anos em relação às metas estipuladas por Bruxelas.


O porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, disse por meio de um comunicado que Bruxelas considera "coerente" ampliar até 2016 o prazo dado ao governo espanhol para reduzir o déficit abaixo de 3% do PIB, embora ressaltou que a decisão final será anunciada em 29 de maio.

No entanto, apesar das melhoras macroeconômicas conseguidas pela Espanha, que se traduziram em uma forte redução do prêmio de risco e uma maior capacidade de financiamento exterior, tanto a vice-presidente como o ministro da Economia reconheceram que falta muito para que estes avanços cheguem até a economia real.

O Executivo, que após sua chegada ao poder aprovou uma polêmica reforma trabalhista com o objetivo de reduzir o desemprego, admitiu que este índice se reduzirá apenas para 26,1% no ano que vem, para 25,8% em 2015 e até 24,8% em 2016.

Segundo explicou o ministro da Economia, é preciso estabelecer um "cenário realista" para os próximos anos, sobre a base de um pior contexto econômico internacional e em linha com as revisões de organismos como o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia.

Na entrevista coletiva, Sáenz de Santamaría assegurou que graças ao esforço feito pelo governo para reduzir o déficit estrutural e aos ajustes aprovados em 2012, neste momento é possível não pedir mais "sacrifícios" aos espanhóis.

A vice-presidente anunciou que os grandes impostos não sofrerão mais aumentos, como a taxa sobre a renda de pessoas físicas (IRPF) ou de valor agregado (IVA), que já sofreram fortes altas no ano passado.

No entanto, em relação ao IRPF, o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, anunciou que a alta estipulada para os anos 2012 e 2013 se manterá também em 2014.

"Acabaremos o encargo especial do IRPF em 2015, antes não é factível", disse o ministro.

Veja também

Madri - A economia espanhola cairá neste ano 1,3%, ao invés da taxa de 0,5% prevista anteriormente, só começará a crescer em 2014 e o desemprego, face mais dramática da crise no país, seguirá em níveis próximos a 25% até 2016.

Os números foram anunciados nesta sexta-feira pelo ministro da Economia, Luis de Guindos, que além disso situou o déficit para 2013 em 6,3%, superior ao 4,5% previsto anteriormente.

Em um contexto de grave crise, e após ser divulgado ontem que o desempregou alcançou uma taxa de desemprego de 27,1% da população ativa, a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, afirmou que isso "obriga a se trabalhar ainda mais no crescimento econômico para reduzir os desequilíbrios", por isso o Conselho de Ministros aprovou novas reformas estruturais para a consolidação das contas públicas.

A vice-presidente afirmou que não haverá "alterações nos grandes eixos" da política econômica estipulada pelo governo conservador do Partido Popular desde sua chegada ao poder há um ano e meio.

Os dados expostos fazem parte da atualização das previsões macroeconômicas do Programa de Estabilidade aprovado hoje pelo governo de Mariano Rajoy e que será enviada para a União Europeia (UE).

Segundo De Guindos, em 2014 começará a recuperação da economia espanhola e a saída da recessão, pois se alcançará um crescimento positivo do 0,5%, que será de 0,9% em 2015 e de 1,3% em 2016.

Em relação ao objetivo de déficit, o saldo negativo para o ano que vem será de 5,5%, e caíra até 4,1% em 2015 e para 2,7% em 2016, ou seja, um atraso de dois anos em relação às metas estipuladas por Bruxelas.


O porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, disse por meio de um comunicado que Bruxelas considera "coerente" ampliar até 2016 o prazo dado ao governo espanhol para reduzir o déficit abaixo de 3% do PIB, embora ressaltou que a decisão final será anunciada em 29 de maio.

No entanto, apesar das melhoras macroeconômicas conseguidas pela Espanha, que se traduziram em uma forte redução do prêmio de risco e uma maior capacidade de financiamento exterior, tanto a vice-presidente como o ministro da Economia reconheceram que falta muito para que estes avanços cheguem até a economia real.

O Executivo, que após sua chegada ao poder aprovou uma polêmica reforma trabalhista com o objetivo de reduzir o desemprego, admitiu que este índice se reduzirá apenas para 26,1% no ano que vem, para 25,8% em 2015 e até 24,8% em 2016.

Segundo explicou o ministro da Economia, é preciso estabelecer um "cenário realista" para os próximos anos, sobre a base de um pior contexto econômico internacional e em linha com as revisões de organismos como o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia.

Na entrevista coletiva, Sáenz de Santamaría assegurou que graças ao esforço feito pelo governo para reduzir o déficit estrutural e aos ajustes aprovados em 2012, neste momento é possível não pedir mais "sacrifícios" aos espanhóis.

A vice-presidente anunciou que os grandes impostos não sofrerão mais aumentos, como a taxa sobre a renda de pessoas físicas (IRPF) ou de valor agregado (IVA), que já sofreram fortes altas no ano passado.

No entanto, em relação ao IRPF, o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, anunciou que a alta estipulada para os anos 2012 e 2013 se manterá também em 2014.

"Acabaremos o encargo especial do IRPF em 2015, antes não é factível", disse o ministro.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEspanhaEuropaPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame