Economia

Empresas e governos endividados precisam reforçar controles

Recomendação é do Banco Central Europeu (BCE), que adverte que riscos de baixa ao crescimento econômico poderiam gerar mais volatilidade

Manifestações a favor da União Europeia (Lisi Niesner/File Photo/Reuters)

Manifestações a favor da União Europeia (Lisi Niesner/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2019 às 06h32.

São Paulo - O Banco Central Europeu (BCE) advertiu nesta quarta-feira (29), para a possibilidade de que os riscos de piora no crescimento se materializem e de que isso eleve preocupações sobre a sustentabilidade de dívidas. "Além do alto nível de dívida e grandes déficits fiscais, alguns países poderiam enfrentar riscos na rolagem se participantes do mercado reavaliarem o risco soberano", advertiu a entidade em relatório semestral intitulado Revisão da Estabilidade Financeira.

O documento é divulgado num momento de tensões entre a União Europeia e a Itália. O país insiste em manter um patamar de gastos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) superior ao limite determinado pelo bloco, o que pode gerar mais tensões entre as partes e, eventualmente, uma multa bilionária da UE contra Roma.

O BCE adverte que os riscos de baixa ao crescimento econômico poderiam gerar mais volatilidade nos mercados financeiros. Esses riscos de piora no crescimento reforçam a necessidade de se fortalecer balanços de dívidas de governos altamente endividados, ressalta o banco central. O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, adverte no relatório para os riscos à estabilidade financeira, caso uma piora na perspectiva econômica se concretize.

Outro alerta é para uma eventual escalada nas tensões comerciais, que poderiam provocar mais perdas nos preços dos ativos, diz o BCE.

Acompanhe tudo sobre:BCEDívidas

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação