Economia

Emprego nos EUA cresce com força e desemprego cai para 5,6%

Economia dos EUA abriu 252 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado depois da abertura de 353 mil em novembro


	Feira de empregos em Chicago: economia dos EUA abriu 252 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado depois da abertura de 353 mil em novembro
 (Scott Olson/AFP)

Feira de empregos em Chicago: economia dos EUA abriu 252 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado depois da abertura de 353 mil em novembro (Scott Olson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 11h34.

Washington - O crescimento do emprego nos Estados Unidos aumentou com força em dezembro, fortalecendo ainda mais os fundamentos da economia e abrindo mais a porta a um aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve este ano, apesar da economia mundial fraca.

A economia dos EUA abriu 252 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado depois da abertura de 353 mil em novembro, segundo dado revisado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego caiu 0,2 ponto percentual, para 5,6 por cento, o menor patamar em seis anos e meio. No entanto, parte do declínio refletiu as pessoas deixando a força de trabalho.

Dezembro marcou o 11º mês seguido de criação de mais de 200 mil vagas, a mais longa série desde 1994. Com o dado de outubro também revisado para cima, a economia criou 50 mil vagas a mais do que divulgado anteriormente nos dois meses anteriores.

Economistas consultados pela Reuters esperavam abertura de 240 mil vagas em dezembro e que a taxa de desemprego recuasse a 5,7 por cento.

Os ganhos de emprego somam-se ao robusto dado de crescimento no terceiro trimestre, bem como aos dados de sólida produção industrial em novembro e vendas de varejo, sugerindo que a economia resistiria à turbulência na Europa, Japão, China e alguns mercados emergentes.

Mas uma queda de cinco centavos no rendimento médio por hora, depois de ter subido seis centavos em novembro, tirou algum brilho do relatório.

O crescimento dos salários tem sido frustrantemente fraco e economistas acreditam que o Federal Reserve vai hesitar em iniciar o aumento das taxas de juros sem uma alta significativa nos custos trabalhistas.

O banco central norte-americano tem mantido sua taxa básica de juros perto de zero desde dezembro de 2008.

O Fed não eleva as taxas de juros desde 2006, mas recentemente sinalizou que está se aproximando de fazer isso, mesmo que a inflação permaneça abaixo da meta do Fed de 2 por cento. A maioria dos economistas espera que o primeiro aumento aconteça em junho.

Mas uma aceleração em ganhos salariais está na mesa conforme mercado de trabalho continua a se fortalecer.

O levantamento mais abrangente junto a empregadores mostrou que os ganhos de emprego em 2014 foram os maiores desde 1999.

Já a pesquisa menor com famílias com a qual é calculada a taxa de desemprego foi revisada até cinco anos para trás, mas não mostrou mudanças materiais na tendência. A taxa de desemprego caiu 1,1 ponto percentual em 2014.

A maioria das medidas acompanhadas pela chair do Fed, Janet Yellen, para medir a quantidade de folga no mercado de trabalho continuou a apontar para aperto das condições em dezembro.

Uma medida ampla do desemprego, que inclui pessoas que querem trabalhar mas desistiram de procurar e aqueles que trabalham a tempo parcial porque não conseguem encontrar um emprego em tempo integral, caiu para 11,2 por cento, o mais baixo desde setembro de 2008.

O número de desempregados de longo prazo continuou a diminuir de dezembro. Mas a taxa de participação na força de trabalho caiu para 62,7 por cento, de 62,9 por cento em novembro.

Os ganhos de emprego foram generalizados em todos os setores. Foram criadas 240 mil vagas no setor privado, com mais 12 mil no setor privado.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Haddad diz que pacote de corte de gastos está fechado com Lula e será anunciado em breve

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump