Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 9 de abril de 2024 às 10h17.
Última atualização em 9 de abril de 2024 às 10h32.
A Companha de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou em fato relevante que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou o reajuste de 6,4469% das às tarifas vigentes a partir de 10 de maio. As novas tabelas tarifárias serão publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
O aumento já era previsto, uma vez que maio é o mês de data-base para os reajustes, autorizados todos os anos sempre neste mês pela Arsesp. O anúncio, porém, ganha mais importância por a Sabesp estar em processo de desestatização.
Como mostrou a EXAME, o governo Tarcísio de Freitas deve anunciar nesta semana detalhes da modelagem do processo de desestatização da Sabesp. Serão reveladas informações como a quantidade de ações que o estado colocará à venda, o valuation da empresa e o percentual de redução da tarifa de água prometida pelo governo durante o processo de privatização.
Resende disse ainda que , de acordo com os estudos realizados pelo governo, caso a Sabesp não fosse privatizada, o volume de investimentos necessários para universalização iria tornar a tarifa mais cara. Com a desestatização, o cenário é de redução em um primeiro momento e o controle do preço abaixo do teto estimado que seria praticado pela companhia sem a privatização.
A explicação aponta que, a longo prazo, a tarifa terá reajustes, mas será sempre menor do que em um cenário da companhia sem a privatização. As informações com os valores do cenário sem desestatização e com desestatização serão apresentadas posteriormente pela administração estadual.
O projeto define que os investimentos serão incorporados na tarifa apenas após a realização das obras, invertendo a ordem atual. O objetivo é garantir mais rigidez na entrega de melhorias. No total, serão R$ 260 bilhões em investimentos até 2060.
O aumento de 6,4469% autorizado pela Arsesp deve ter um impacto de quatro pontos-base no IPCA, segundo avaliação da Warren Investimentos. O Banco BMG projeta um impacto de três pontos no índice de inflação.