Economia cresce 0,57% em julho e tem 2º mês seguido de alta, aponta BC
Índice de Atividade Econômica é uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto divulgado pelo Banco Central
Reuters
Publicado em 17 de setembro de 2018 às 09h14.
Última atualização em 17 de setembro de 2018 às 09h41.
Brasília - A economia brasileira cresceu em julho pelo segundo mês seguido, mas ainda dentro de um quadro de lenta recuperação econômica, com a confiança dos agentes cada vez mais afetada pelas incertezas eleitorais.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, avançou 0,57 por cento em julho na comparação com junho, segundo dado dessazonalizado.
Em junho, o crescimento foi de 3,42 por cento, revisou o BC, após ter divulgado uma leitura de 3,29 por cento para o mês. O forte desempenho reverteu todas as perdas sofridas em maio por conta da greve dos caminhoneiros.
Na comparação com julho de 2017, o IBC-Br subiu 2,56 por cento e no acumulado em 12 meses teve alta de 1,46 por cento, segundo o BC, nos dois casos em dados observados.
O mês de julho foi marcado por indicadores mistos, refletindo a inconstância da retomada da atividade, cada vez mais pressionada por temores políticos e econômicos com o desfecho das eleições.
De um lado, o setor de serviços encolheu 2,2 por cento em julho sobre junho, no resultado mais fraco para o mês desde 2011 e bem pior do que o esperado.
No mesmo caminho, as vendas no varejo caíram 0,5 por cento, na leitura mais fraca para o mês em dois anos.
Apesar de também ter ficado no vermelho, com recuo de 0,2 por cento na mesma base de comparação, a produção industrial veio melhor que a estimativa.
Para o ano, a projeção mais recentes de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB aumentará 1,36 por cento, estimativa que foi revisada para baixo pela quarta semana seguida. Oficialmente, o governo estima alta de 1,6 por cento, após ter iniciado o ano prevendo expansão de 3 por cento na atividade.
No primeiro trimestre, o PIB teve alta de apenas 0,1 por cento, acelerando o ritmo a uma alta de 0,2 por cento entre abril e junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).