Dieese: 93,8% dos salários têm aumento real em 2010
O resultado faz parte dos dados que integram o Sistema de Acompanhamento de Salários, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 14h35.
São Paulo - O porcentual de pisos salariais reajustados acima do índice oficial de inflação em 2010 foi de 93,8%, patamar acima do atingido em 2009, que ficou em 92,9%. O resultado faz parte dos dados que integram o Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que desde 2009 promove a análise do avanço dos pisos salariais. O Dieese considera ganho real o reajuste que supera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, segundo a entidade, 619 de 660 acordos ou convenções coletivas de trabalho - na indústria, comércio, serviços e setor rural - apresentaram ganhos reais nos pisos negociados. A parcela dos pisos salariais que sofreram reajuste igual ao índice inflacionário chegou a 2,4%, ou seja, 16, dentre 660 negociações. O restante dos pisos (3,8%) teve alta abaixo do indicador de inflação.
A entidade registra ainda que todos os setores econômicos analisados apresentaram em 2010 ganhos reais em mais de 90% dos pisos pesquisados. O segmento mais beneficiado foi o rural, com ganho real em 100% dos casos. Na sequência, apareceram indústria (94,9%) e comércio (94,7%). O setor de serviços, no qual 90,6% dos pisos salariais tiveram ganhos reais, apresentou o maior porcentual de reajustes iguais à inflação oficial: 5,2%.
A indústria foi o segmento que apresentou o maior porcentual de pisos salariais insuficientes para recompor a inflação, de 4,5%. Em 2010, segundo o Dieese, o maior reajuste de piso salarial representou um ganho real de 34,3% acima do INPC, enquanto o menor apresentou uma perda real de 8,6%. Ambos os reajustes foram observados no setor industrial.
Valores
O estudo da entidade aponta que a maior parte dos pisos possui valor de até R$ 550. O menor patamar observado foi de R$ 510, o que equivale ao salário mínimo vigente, enquanto o maior valor registrado foi de R$ 2,6 mil. Um quarto dos pisos, segundo a entidade, era menor que R$ 540 e a metade estava em patamar inferior a R$ 600. O valor médio dos pisos salariais no ano passado, pelo cálculo da entidade, foi de R$ 669,16.
A região brasileira que apresentou o maior piso salarial em 2010 foi a Sudeste (R$ 2,6 mil), seguida pelo Nordeste (R$ 2,38 mil). O piso salarial médio nas regiões variou entre R$ 601,43, no Norte, e R$ 701,78, no Sudeste. O salário mínimo necessário em 2010, calculado pela entidade com base no custo da cesta básica de alimentos e das demais despesas do orçamento familiar, foi de R$ 2.110,26.
Para a entidade, o cenário é positivo, mas avalia, contudo, que ainda é "notável" os baixos pisos salariais pagos no Brasil. No estudo, foram analisados 660 pisos salariais registrados em contratos coletivos de diversas categorias profissionais brasileiras, sendo que quase 90% dos pisos salariais foram coletados de convenções coletivas de trabalho e pouco mais de 10% em acordos coletivos.
São Paulo - O porcentual de pisos salariais reajustados acima do índice oficial de inflação em 2010 foi de 93,8%, patamar acima do atingido em 2009, que ficou em 92,9%. O resultado faz parte dos dados que integram o Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que desde 2009 promove a análise do avanço dos pisos salariais. O Dieese considera ganho real o reajuste que supera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, segundo a entidade, 619 de 660 acordos ou convenções coletivas de trabalho - na indústria, comércio, serviços e setor rural - apresentaram ganhos reais nos pisos negociados. A parcela dos pisos salariais que sofreram reajuste igual ao índice inflacionário chegou a 2,4%, ou seja, 16, dentre 660 negociações. O restante dos pisos (3,8%) teve alta abaixo do indicador de inflação.
A entidade registra ainda que todos os setores econômicos analisados apresentaram em 2010 ganhos reais em mais de 90% dos pisos pesquisados. O segmento mais beneficiado foi o rural, com ganho real em 100% dos casos. Na sequência, apareceram indústria (94,9%) e comércio (94,7%). O setor de serviços, no qual 90,6% dos pisos salariais tiveram ganhos reais, apresentou o maior porcentual de reajustes iguais à inflação oficial: 5,2%.
A indústria foi o segmento que apresentou o maior porcentual de pisos salariais insuficientes para recompor a inflação, de 4,5%. Em 2010, segundo o Dieese, o maior reajuste de piso salarial representou um ganho real de 34,3% acima do INPC, enquanto o menor apresentou uma perda real de 8,6%. Ambos os reajustes foram observados no setor industrial.
Valores
O estudo da entidade aponta que a maior parte dos pisos possui valor de até R$ 550. O menor patamar observado foi de R$ 510, o que equivale ao salário mínimo vigente, enquanto o maior valor registrado foi de R$ 2,6 mil. Um quarto dos pisos, segundo a entidade, era menor que R$ 540 e a metade estava em patamar inferior a R$ 600. O valor médio dos pisos salariais no ano passado, pelo cálculo da entidade, foi de R$ 669,16.
A região brasileira que apresentou o maior piso salarial em 2010 foi a Sudeste (R$ 2,6 mil), seguida pelo Nordeste (R$ 2,38 mil). O piso salarial médio nas regiões variou entre R$ 601,43, no Norte, e R$ 701,78, no Sudeste. O salário mínimo necessário em 2010, calculado pela entidade com base no custo da cesta básica de alimentos e das demais despesas do orçamento familiar, foi de R$ 2.110,26.
Para a entidade, o cenário é positivo, mas avalia, contudo, que ainda é "notável" os baixos pisos salariais pagos no Brasil. No estudo, foram analisados 660 pisos salariais registrados em contratos coletivos de diversas categorias profissionais brasileiras, sendo que quase 90% dos pisos salariais foram coletados de convenções coletivas de trabalho e pouco mais de 10% em acordos coletivos.