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Desemprego crescerá em 2014, prevê a FGV

Segundo economista do Ibre/FGV, uma elevação suave na desocupação pode fazer com que a média da taxa de desemprego deste ano se aproxime de 6%

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	Carteira de trabalho: apesar de indícios de que desemprego, ajustado sazonalmente, deverá aumentar de 2013 para 2014, geração de empregos deve voltar a subir, avaliou economista
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de trabalho: apesar de indícios de que desemprego, ajustado sazonalmente, deverá aumentar de 2013 para 2014, geração de empregos deve voltar a subir, avaliou economista (Marcello Casal Jr/ABr)

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Idiana Tomazelli

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às, 14h19.

Rio - O desemprego em 2014 deve superar a taxa de 2013, mas ainda não deve refletir um desaquecimento no mercado de trabalho, prevê o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo ele, uma elevação suave na desocupação pode fazer com que a média deste ano se aproxime de 6%, contra os 5,5% esperados para o ano passado.

"O ciclo eleitoral deve ser mais suave, talvez o governo não possa fazer aquele impulso fiscal que se fez em 2010. As condições não são tão propícias para isso. Mas a Copa do Mundo deve gerar empregos temporários. Não espero nenhuma elevação absurda do desemprego", disse.

"O desemprego não deve ser problema para a eleição, embora a renda esteja crescendo menos", acrescentou. Apesar disso, Barbosa Filho afirma que a dinâmica não é tão forte quanto antes.

"O quão apertado está o mercado de trabalho, já que a dinâmica é dada por pessoas que não estão nele? Mercado de trabalho aquecido é com muita gente e muita geração de vagas", disse.

Para ele, um ritmo de crescimento do pessoal ocupado de 1% ao ano é insuficiente para sustentar um baixo desemprego.

Geração de vagas

Apesar de indícios de que o desemprego, ajustado sazonalmente, deverá aumentar na passagem de 2013 para 2014, a geração de empregos deve voltar a subir, avaliou o economista Barbosa. "Pode ser uma boa notícia, porque o número de pessoal ocupado tem diminuído bastante", disse.

O aumento de 1,2% no Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) em dezembro ante novembro sinaliza para esse aumento sazonal na desocupação, embora o economista admita que o índice não capte a estagnação na ocupação.

"Quem tem ditado a dinâmica do desemprego tem sido a PEA (População Economicamente Ativa), e isso nós não temos dados para captar. Estamos trabalhando para medir isso", afirmou o economista.

Barbosa reiterou, contudo, que haverá melhora na geração de emprego nos próximos meses, com base na alta de 2,1% observada no Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) de dezembro sobre novembro. "Expectativas são boas para aumento da contratação", disse o Barbosa Filho.

"Tudo isso parece positivo, parece que haverá aumento na contratação nos próximos meses, mas isso pode ser mais uma vez frustrado como ocorreu nos anos anteriores. Essa tendência de aumento pode se reverter", advertiu.

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