Exame Logo

Contas do setor público surpreendem e passam a registrar superávit no ano

O dado de novembro é o melhor para o mês desde 2013, quando houve superávit de 29,8 bilhões de reais

(Carla Nichiata/Getty Images)
R

Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 11h32.

O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 15,034 bilhões de reais em novembro, o que levou o dado acumulado em 12 meses ao campo positivo pela primeira vez no ano, com saldo de 12,767 bilhões de reais, equivalente a 0,15% do Produto Interno Bruto ( PIB ), informou o Banco Central nesta quinta-feira.

O dado de novembro é o melhor para o mês desde 2013, quando houve superávit de 29,8 bilhões de reais. O resultado veio muito acima das expectativas de mercado. Pesquisa Reuters apontava para um superávit primário de 4,775 bilhões de reais no mês.

Veja também

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Em novembro, o resultado do setor público foi puxado principalmente pelo dado de Estados e municípios, superavitários em 11,743 bilhões de reais.

Os dados do governo central (governo federal, Banco Central e INSS), por sua vez, mostram um superávit de 3,529 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o Tesouro já havia divulgado que o desempenho do governo federal foi impulsionado por uma ampliação na arrecadação e uma redução nas despesas.

Estatais ficaram no vermelho em novembro, com um déficit de 238 milhões de reais.

Nos onze primeiros meses do ano, o setor público consolidado registrou superávit de 64,604 bilhões de reais, frente a um rombo histórico de 702,950 bilhões de reais no mesmo período do ano passado, alcançado em meio aos gastos extraordinários que foram feitos no enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Os dados do ano foram empurrados pelo aumento da inflação, que eleva as receitas tributárias e ganhos com royalties de petróleo. O governo tem argumentado, no entanto, que parte do resultado é estrutural, com altas reais de arrecadação.

Pelo lado das receitas, pesaram na conta a redução de medidas de enfrentamento à pandemia e o congelamento salarial de servidores públicos, o que também favoreceu as finanças dos governos regionais.

Ainda segundo o BC, a dívida líquida do país ficou em 57,0% do PIB em novembro, contra expectativa do mercado de 57,8%. No mês anterior, estava em 57,1%.A dívida bruta, por sua vez, foi a 81,1% do PIB, ante 82,3% em outubro.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraOrçamento federal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame