Economia

Comércio entre Brasil e Argentina é recorde em julho

As trocas comerciais entre os dois países atingiram um volume de US$ 3,566 bilhões, representando um aumento de 23,9% em comparação ao mesmo mês de 2010

Dilma Rousseff e Cristina Kirchner: apesar das barreiras comerciais do país vizinho, as exportações brasileiras ao mercado argentino aumentaram 25,5% (Alejandro Pagni/AFP)

Dilma Rousseff e Cristina Kirchner: apesar das barreiras comerciais do país vizinho, as exportações brasileiras ao mercado argentino aumentaram 25,5% (Alejandro Pagni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 20h58.

Buenos Aires - O comércio entre o Brasil e a Argentina atingiu níveis recordes em julho, com um volume de US$ 3,566 bilhões, representando um aumento de 23,9% em comparação com igual mês de 2010. As importações brasileiras de produtos argentinos somaram US$ 1,525 bilhão, com um aumento de 21,9%. Trata-se do maior valor da série histórica, segundo a consultoria argentina Abeceb, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Apesar das barreiras comerciais do país vizinho, as exportações brasileiras ao mercado argentino aumentaram 25,5%, atingindo o valor de US$ 2,041 bilhões, o segundo mais alto da série. "O resultado comercial da Argentina com o Brasil apresentou um déficit de US$ 516 milhões em julho, o que implica um aumento de 37% em comparação com o mesmo mês do ano passado", diz a Abeceb.

A balança comercial argentina com o Brasil acumula um déficit de US$ 2,96 bilhões nos primeiros sete meses de 2011. Neste período, as exportações brasileiras para a Argentina acumularam alta de 32,2% enquanto as importações do Brasil de produtos argentinos cresceram 19,5%.

Para o economista da Abeceb Maurício Claverí, "o comércio vai muito bem porque ambas as economias estão crescendo: a Argentina crescerá 7,5% enquanto o Brasil ficará acima de 4% (neste ano)". Ele disse que "as barreiras têm efeito parcial, mas o impacto pode ser melhor dimensionado quando se observa a desaceleração da importações da Argentina de produtos brasileiros, que vinham crescendo a um ritmo mensal de 30% e agora está em 20%".

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