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Com guerra na Síria, guindastes levantam economia do Líbano

Tráfego portuário no país cresceu com os comerciantes evitando o risco do trânsito por terra com o conflito no país vizinho

Porto de Beirute: conflito na vizinha Síria incentivou o transporte marítimo (Burak Kara/Vatan Daily/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 18h01.

Beirute - No porto de Beirute, três caminhões transportando contêineres amarelo e laranja esperam por guindastes para colocar a carga em um navio de bandeira liberiana que chegou recentemente do porto saudita de Jeddad e segue para a Grécia.

Cerca de 2.200 veículos como este entram diariamente no porto, o dobro do número do início do ano.

Embora a economia do Líbano tenha sofrido durante os dois anos e meio de conflito na vizinha Síria, o tráfego portuário cresceu com os comerciantes evitando o risco do trânsito por terra. A demanda doméstica também está aumentando, já que o Líbano está absorvendo 1,2 milhão de sírios que fugiram do seu país, devastado pela guerra.

“Comparado com os muitos aspectos negativos do que está ocorrendo na Síria e o impacto na economia libanesa, o aumento da atividade portuária é uma das conseqüências positivas”, disse Jihad Azour, um ex-ministro das finanças do Líbano, que agora é vice-presidente da consultoria Booz Co., em Beirute.

O porto, cujo serviço de transporte inclui AP Moeller-Maersk A/S, a maior linha de contêineres do mundo, a Mediterranean Shipping Co SA e a CMA CGM SA, registrou aumento de 24 por cento na sua receita durante os primeiros seis meses deste ano na comparação com 2012, de acordo com seu site.

O International Port Management, grupo que supervisiona a companhia que administra o terminal, vai completar a expansão do local até novembro, elevando sua capacidade em até 60 por cento.

“O porto está muito congestionado”, disse o presidente Ammar Kanaan, em uma entrevista em Beirute. “É como colocar 20 pessoas em um carro onde entram cinco”.


Comércio em profusão

A atividade reflete nos números do comércio do Líbano mesmo com a economia deste país de 4,3 milhões de pessoas crescendo uma parte do ritmo registrado antes do inicio da insurreição contra o presidente sírio Bashar al-Assad, em março de 2011. O Produto Interno Bruto vai crescer 2% este ano, depois de registrar 1,5% nos dois anos anteriores, de acordo com previsão feita em abril pelo Fundo Monetário Internacional.

As exportações aumentaram 6,5% de janeiro a junho e as importações saltaram 11,5% “sob a influência da situação da Síria”, disse o presidente do Banco Central, Riad Salameh, em uma entrevista em seu escritório em Beirute.

A atividade de transporte marítimo em Beirute aumentou já que a guerra síria provocou menor translado de mercadorias por terra.

Mais seguro pelo mar

Ara Bedirian, dono da fábrica de plástico Polymer Process Industries, disse que as companhias com as quais ele lida – incluindo Saudi Basic Industries Corp., a maior empresa de petroquímica do mundo, segundo valor de mercado, e a Qatar Petrochemical Co. – começaram a enviar, por mar, plástico bruto para sua empresa, mais do que sete meses atrás.

Embora a nova rota seja mais segura, ela significou um aumento nos custos primários de US$ 5 para US$ 45 por tonelada, disse Bedirian. Ele também espera pelo menos um mês para receber seus produtos em comparação com os cinco dias por terra porque os navios viajam do Mar Vermelho até o Mediterrâneo.

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Beirute - No porto de Beirute, três caminhões transportando contêineres amarelo e laranja esperam por guindastes para colocar a carga em um navio de bandeira liberiana que chegou recentemente do porto saudita de Jeddad e segue para a Grécia.

Cerca de 2.200 veículos como este entram diariamente no porto, o dobro do número do início do ano.

Embora a economia do Líbano tenha sofrido durante os dois anos e meio de conflito na vizinha Síria, o tráfego portuário cresceu com os comerciantes evitando o risco do trânsito por terra. A demanda doméstica também está aumentando, já que o Líbano está absorvendo 1,2 milhão de sírios que fugiram do seu país, devastado pela guerra.

“Comparado com os muitos aspectos negativos do que está ocorrendo na Síria e o impacto na economia libanesa, o aumento da atividade portuária é uma das conseqüências positivas”, disse Jihad Azour, um ex-ministro das finanças do Líbano, que agora é vice-presidente da consultoria Booz Co., em Beirute.

O porto, cujo serviço de transporte inclui AP Moeller-Maersk A/S, a maior linha de contêineres do mundo, a Mediterranean Shipping Co SA e a CMA CGM SA, registrou aumento de 24 por cento na sua receita durante os primeiros seis meses deste ano na comparação com 2012, de acordo com seu site.

O International Port Management, grupo que supervisiona a companhia que administra o terminal, vai completar a expansão do local até novembro, elevando sua capacidade em até 60 por cento.

“O porto está muito congestionado”, disse o presidente Ammar Kanaan, em uma entrevista em Beirute. “É como colocar 20 pessoas em um carro onde entram cinco”.


Comércio em profusão

A atividade reflete nos números do comércio do Líbano mesmo com a economia deste país de 4,3 milhões de pessoas crescendo uma parte do ritmo registrado antes do inicio da insurreição contra o presidente sírio Bashar al-Assad, em março de 2011. O Produto Interno Bruto vai crescer 2% este ano, depois de registrar 1,5% nos dois anos anteriores, de acordo com previsão feita em abril pelo Fundo Monetário Internacional.

As exportações aumentaram 6,5% de janeiro a junho e as importações saltaram 11,5% “sob a influência da situação da Síria”, disse o presidente do Banco Central, Riad Salameh, em uma entrevista em seu escritório em Beirute.

A atividade de transporte marítimo em Beirute aumentou já que a guerra síria provocou menor translado de mercadorias por terra.

Mais seguro pelo mar

Ara Bedirian, dono da fábrica de plástico Polymer Process Industries, disse que as companhias com as quais ele lida – incluindo Saudi Basic Industries Corp., a maior empresa de petroquímica do mundo, segundo valor de mercado, e a Qatar Petrochemical Co. – começaram a enviar, por mar, plástico bruto para sua empresa, mais do que sete meses atrás.

Embora a nova rota seja mais segura, ela significou um aumento nos custos primários de US$ 5 para US$ 45 por tonelada, disse Bedirian. Ele também espera pelo menos um mês para receber seus produtos em comparação com os cinco dias por terra porque os navios viajam do Mar Vermelho até o Mediterrâneo.

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