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Carnaval 2024: cachaça, caipirinha e chopp crescerão no consumo — e lideram nos impostos

A cachaça, carro-chefe da tradicional caipirinha, tem 81,9% de tributação, segundo levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)

Carnaval 2024: bebidas alcoólicas podem ficar mais caras neste ano ( FG Trade/Getty Images)
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 19h10.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 19h32.

O Carnaval é marcado por festas e blocos de rua em diversas regiões do país. Mas também é momento de grande consumo, e muitos dos produtos mais usados pelos foliões chamam a atenção pela alta carga tributária . Neste ano, as bebidas mais procuradas pelo público podem ficar mais caras.

Segundo um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a cachaça, a caipirinha e o chopp, três dos principais itens de consumo durante o Carnaval, estão entre os produtos mais tributados no estado de São Paulo. Logo atrás, adereços e fantasias se destacam no ranking da ACSP ( veja ao final da reportagem ), superando itens como passagens aéreas, hospedagem e preservativos.

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"Para quem não deseja desembolsar 36,41% em impostos nas fantasias, reutilizar fantasias ou usar da criatividade para não gastar na festa, pode ser uma opção dos foliões", diz o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa.

No topo da lista, a cachaça apresenta o maior índice de tributação, atingindo 81,9%. Em seguida, vêm a caipirinha e o chopp, com taxações de 76,7% e 62,2%, respectivamente.

Também entre os cinco primeiros estão: máscara de plástico, com 43,93%, os refrigerantes em lata, com 46,5%, e o colar havaiano, com 46%.

Carnaval e os bens surpérfluos

De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, a alta carga tributária sobre os produtos consumidos durante o Carnaval é atribuída ao fato de muitos de eles serem classificados como bens supérfluos, prejudiciais à saúde ou de luxo.

"Também devemos no atentar para a realidade de que no Brasil a tributação é muito concentrada no consumo, o que acaba elevando os preços dos produtos ao consumidor final e, muitas vezes, impede que este consuma mais e melhor", diz Olenike.

Quais os "itens do Carnaval" mais tributados?

Fonte: ACSP

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