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Brics se reúnem, mas os Estados Unidos são protagonistas

As tarifas impostas sobre o aço e alumínio, e sobre centenas de produtos da China, são os motivos do protagonismo do país de Trump na cúpula

BRICS: Cúpula do grupo de países em desenvolvimento se reúne para discutir fortalecimento multilateral / REUTERS/Siphiwe Sibeko (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 25 de julho de 2018 às 06h50.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 09h44.

Começa nesta quarta-feira a 10ª Cúpula do BRICS , grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro acontece na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, e terá como temas as preocupações do bloco em desenvolvimento frente aos entraves comerciais que aterrorizam o mundo ultimamente. Não é à toa que, mesmo não participando do grupo, os Estados Unidos estarão mais do que presentes nos três dias de reunião.

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As tarifas impostas sobre o aço e alumínio, e sobre centenas de produtos da China são os motivos do protagonismo do país na cúpula. A África do Sul, por exemplo, tem sentido as consequências da imposição de tarifa sobre metais importados pelos Estados Unidos. Isso porque a produção de minérios no país é responsável por 31,3% de seu PIB (Produto Interno Bruto), e o país africano é exportador de aço e alumínio para os Estados Unidos.

Mas a maior preocupação sobre a guerra comercial continua sendo para a China. Estima-se que 500 bilhões de dólares em produtos chineses sejam prejudicados pelos embargos do presidente americano, Donald Trump. Responsável por 80% de todas as trocas comerciais no BRICS, uma China afetada significa um bloco afetado.

Além da pauta econômica, os líderes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, da África do Sul, Cyril Ramaphosa, da Índia, Narendra Modi, e Michel Temer pretendem conversar sobre projetos e parcerias nas áreas de tecnologia e saúde. Um centro de pesquisas em vacinas teria como principal objetivo aumentar a capacidade de produção de vacina nos cincos países, e será construído na África do Sul. Além do centro, uma cooperação sobre imagens de satélites será tratada na cúpula, e pode ser uma vantagem para os países, que atualmente compram imagens de outros países.

Embora analistas afirmem que os BRICS possam sair da Cúpula com uma resolução contrária à guerra comercial, é mais provável que não o façam, e que apenas informem uma malha de cooperação mais eficiente entre os países membros. Mais do que participar de uma guerra econômica, os países em desenvolvimento querem se unir para serem mais fortes e mais presentes na trama comercial do mundo.

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