Economia

Brasil Foods vê custos com grãos se mantendo altos em 2012

Entre os grãos, milho e soja são os principais insumos da Brasil Foods

"Não há razão para os preços subirem mais, mas não deve haver razão para os preços cederem", afirmou o presidente-executivo da BRF, José Antonio do Prado Fay (Raul Júnior/Você S/A)

"Não há razão para os preços subirem mais, mas não deve haver razão para os preços cederem", afirmou o presidente-executivo da BRF, José Antonio do Prado Fay (Raul Júnior/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 12h30.

A Brasil Foods, maior produtora de carne suína e de aves do Brasil, avalia que os custos dos seus principais insumos, o milho e a soja, deverão se manter em patamares elevados durante 2012.

"Não há razão para os preços subirem mais, mas não deve haver razão para os preços cederem", afirmou o presidente-executivo da BRF, José Antonio do Prado Fay, em teleconferência nesta sexta-feira, para comentar os resultados.

O lucro anual da companhia saltou em 2011, para 1,36 bilhão de reais. Por volta das 11h45, as ações da empresa operavam em queda de 2 por cento, enquanto o Ibovespa subia 0,2 por cento.

Fay observou ainda que a maior incerteza quando se fala de custos tem relação com os preços dos grãos, em meio a uma forte quebra de safra de soja no Brasil por conta da seca.

A produção de milho do país - e muitos apontam para um recorde - só não deverá ser menor em decorrência de um aumento do plantio na temporada 2011/12.

"Mas de maneira geral não vejo grande alívio com as despesas", ponderou.

Por outro lado, o presidente acredita que os preços de seus produtos deverão se recuperar.

Investimento

A Brasil Foods ainda não tem guidance de Capex para 2012, afirmou o diretor financeiro da companhia, Leopoldo Saboya, durante a teleconferência.

Mas ele lembrou que o investimento anual, segundo plano da empresa até 2015, prevê um montante entre 2 bilhões e 2,5 bilhões de reais.

Esse investimento permitiria à empresa elevar seus ganhos entre 12 e 13 por cento por ano, segundo Saboya.

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