Brasil lidera ranking de dívida privada, aponta Fitch
O Brasil lidera o ranking de vulnerabilidade dos 7 grandes emergentes: a dívida do setor privado atinge 93% do PIB
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h12.
São Paulo - A dívida das empresas privadas aumentou rapidamente nos principais mercados emergentes nos últimos 10 anos, superou os níveis de dívida pública e elevou o risco das economias, dos sistemas financeiros e da dívida dos países, de acordo com a agência de classificação de risco Fitch .
O Brasil lidera o ranking de vulnerabilidade dos sete grandes emergentes, com a dívida do setor privado atingindo 93% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2015.
Entre 2005 e o fim de 2014, a Fitch estima que o Brasil teve a maior valorização, de 50 pontos porcentuais do PIB, seguido pela Turquia, de 49. "Os desafios enfrentados pelo Brasil refletem, em parte, a rápida ascensão e o nível de endividamento do setor privado", disse a Fitch.
A agência lista uma série de problemas que agravam a vulnerabilidade: a desaceleração da economia, a alta na taxa de juros (acompanhando a elevação dos juros nos Estados Unidos), a volatilidade do câmbio e a queda nos preços das matérias-primas de exportação.
Avanço
A dívida do setor privado nos sete grandes países emergentes (Brasil, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia) subiu, em média, de 46% do PIB em 2005 para 71% em 2014.
A Fitch prevê que até o final de 2015, esse valor chegue a 77%, agravado pelo impacto da depreciação cambial. O México tem a menor porcentagem, com previsão que chegue a 47% até o final deste ano.
Segundo a Fitch, muitas das crises nos países emergentes têm sido precedidas por um aumento na dívida. A dívida do setor privado tem frequentemente migrado para balanços dos governos em crises financeiras passadas. Portanto, a dívida privada representa um passivo contingente na dívida soberana, em especial para as empresas estatais, que têm sido mais pressionadas.
Bancos públicos
Os bancos nacionais são a principal fonte de empréstimos por trás do aumento da dívida do setor privado não financeiro (que representam 71%, em média, para os sete países).
Por isso, eles poderiam enfrentar riscos de aumento dos empréstimos ruins, rentabilidade mais fraca e, potencialmente, a necessidade de recapitalização no caso de uma crise sistêmica que afetaria empresas ou famílias.
A Fitch estima que 24% da dívida do setor privado (em média para os sete países) é financiada externamente, como títulos de dívida internacional, em comparação com apenas 3% na China.
São Paulo - A dívida das empresas privadas aumentou rapidamente nos principais mercados emergentes nos últimos 10 anos, superou os níveis de dívida pública e elevou o risco das economias, dos sistemas financeiros e da dívida dos países, de acordo com a agência de classificação de risco Fitch .
O Brasil lidera o ranking de vulnerabilidade dos sete grandes emergentes, com a dívida do setor privado atingindo 93% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2015.
Entre 2005 e o fim de 2014, a Fitch estima que o Brasil teve a maior valorização, de 50 pontos porcentuais do PIB, seguido pela Turquia, de 49. "Os desafios enfrentados pelo Brasil refletem, em parte, a rápida ascensão e o nível de endividamento do setor privado", disse a Fitch.
A agência lista uma série de problemas que agravam a vulnerabilidade: a desaceleração da economia, a alta na taxa de juros (acompanhando a elevação dos juros nos Estados Unidos), a volatilidade do câmbio e a queda nos preços das matérias-primas de exportação.
Avanço
A dívida do setor privado nos sete grandes países emergentes (Brasil, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia) subiu, em média, de 46% do PIB em 2005 para 71% em 2014.
A Fitch prevê que até o final de 2015, esse valor chegue a 77%, agravado pelo impacto da depreciação cambial. O México tem a menor porcentagem, com previsão que chegue a 47% até o final deste ano.
Segundo a Fitch, muitas das crises nos países emergentes têm sido precedidas por um aumento na dívida. A dívida do setor privado tem frequentemente migrado para balanços dos governos em crises financeiras passadas. Portanto, a dívida privada representa um passivo contingente na dívida soberana, em especial para as empresas estatais, que têm sido mais pressionadas.
Bancos públicos
Os bancos nacionais são a principal fonte de empréstimos por trás do aumento da dívida do setor privado não financeiro (que representam 71%, em média, para os sete países).
Por isso, eles poderiam enfrentar riscos de aumento dos empréstimos ruins, rentabilidade mais fraca e, potencialmente, a necessidade de recapitalização no caso de uma crise sistêmica que afetaria empresas ou famílias.
A Fitch estima que 24% da dívida do setor privado (em média para os sete países) é financiada externamente, como títulos de dívida internacional, em comparação com apenas 3% na China.