Economia

Bancos reduzem projeções para os EUA

Entre os investidores, os números ajudaram a aumentar a percepção de que o Federal Reserve pode demorar mais a elevar os juros.


	Dificuldade da maior economia do mundo de ganhar impulso mais forte sinaliza que a recuperação ainda é frágil
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Dificuldade da maior economia do mundo de ganhar impulso mais forte sinaliza que a recuperação ainda é frágil (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2014 às 12h33.

Nova York - Depois de surpreender ao crescer 4% no segundo trimestre, a economia dos Estados Unidos pode decepcionar de novo, como já havia ocorrido no início do ano.

Indicadores recentes mais fracos do que o esperado levaram alguns bancos, como Goldman Sachs, Bank of America Merrill Lynch e Royal Bank of Canada (RBC), a reduzir as previsões de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.

Entre os investidores, os números ajudaram a aumentar a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode demorar mais a elevar os juros.

A avaliação dos economistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, é que a dificuldade da maior economia do mundo de ganhar impulso mais forte sinaliza que a recuperação ainda é frágil.

Mesmo assim, os especialistas dizem que o cenário para os EUA, apesar dos sobressaltos, é melhor do que para os países da zona do euro, que estão com a economia estagnada.

Para os EUA, o Goldman Sachs cortou nesta semana sua projeção de expansão para o PIB do terceiro trimestre de 3,3% para 3,1%. O RBC está ainda mais pessimista e reduziu de 2,8% para 2,6%, enquanto o BoFA Merrill Lynch prevê agora alta de 2,8%.

Para o economista do RBC, Tom Porcelli, o mercado de trabalho tem melhorado consideravelmente nos EUA, mas isso não tem se traduzido em aumento de salários.

Como consequência da renda estagnada ou crescendo pouco, o comércio tem sido fraco. Na quinta-feira, a maior rede de varejo dos EUA, o Walmart, divulgou queda do tráfego de pessoas em suas lojas no trimestre encerrado em julho.

Com isso, reduziu suas previsões de ganho para 2014. O Walmart costuma ser um termômetro do que acontece em todo o comércio dos EUA. 

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