Economia

Bancada do agro tenta recuperar subsídio cortado

A proposta aprovada pelo Congresso Nacional retirou cerca de R$ 1,3 bilhão previstos em subsídios para o setor

Vista geral de uma bandeira brasileira rasgada, próximo ao Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 8 de janeiro de 2021. (Adriano Machado/Reuters)

Vista geral de uma bandeira brasileira rasgada, próximo ao Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 8 de janeiro de 2021. (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2021 às 14h00.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deflagrou uma movimentação para garantir a reposição dos recursos destinados a subsídios à agricultura familiar que foram cortados do Orçamento. A proposta aprovada pelo Congresso Nacional acabou retirando cerca de R$ 1,3 bilhão previstos em subsídios para o setor e o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), já procurou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e deve se encontrar também com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para reverter os cortes.

Segundo Souza, há duas possibilidades sobre a mesa para garantir a volta dos recursos. A primeira é o presidente Jair Bolsonaro vetar o trecho da peça orçamentária que retirou o dinheiro. Se isso não for possível, o governo pode enviar um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) com esse objetivo.

A segunda opção é a mais demorada, já que precisará cumprir toda a tramitação para ser aceita.

"O governo mandou uma proposta orçamentária que foi mexida no Congresso. E, agora, o governo está analisando internamente os efeitos disso. Não é só na questão do agro. E nós estamos defendendo a recomposição integral dos valores que foram suprimidos no Orçamento", diz Souza.

Para o presidente da FPA, a situação gera apreensão. "Lógico que vemos esse corte de uma maneira muito preocupante e estamos atuando para essa recomposição."

Mas ele cita que o setor ainda dispõe de um "colchão de recursos" que permite aguardar algum tempo até que as verbas para a agricultura familiar sejam recuperadas sem comprometer as ações. "Trazer perdas para a agricultura familiar, nesse momento não traz. Porque o Plano Safra só inicia daqui a alguns meses. E tem um colchão de recursos já disponível para isso. Então, até o consumo desses recursos já disponíveis, temos nosso deadline (prazo) para poder aprovar no Congresso um PLN restabelecendo o saldo necessário para o financiamento da agricultura familiar", garantiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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