B3 "toca o sino" por igualdade de gênero
De acordo com a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, a diferença salarial deixa mulheres "numa posição diminuída"
EFE
Publicado em 8 de março de 2018 às 19h13.
São Paulo - Um grupo de mulheres protagonizou em São Paulo nesta quinta-feira o Ring The Bell (Toque o Sino), um ato feito simultaneamente em 61 Bolsas de Valores do mundo, em apoio ao empoderamento das mulheres na economia.
Executivas apertaram o botão que marcou a abertura da B3 para ressaltar a importância da mulher num mercado financeiro que "ainda tem uma mentalidade masculina", de acordo com a superintendente de sustentabilidade e negócios inclusivos do Itaú, Denise Hills. O evento é uma iniciativa de Sustainable Stock Exchanges (SSE), Pacto Global, ONU Mulheres, Corporação de Finanças Internacionais (IFC) e Federação Mundial de Bolsas de Valores (WFE) por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
De acordo com a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, a diferença salarial deixa mulheres "numa posição diminuída".
"As mulheres estudam mais, trabalham mais e ganham menos. Alguém me explica porque isso é justo", declarou.
Já a diretora de comunicação da B3, Sonia Favaretto, afirmou que o evento mostra "a importância de refletir (...) e celebrar conquistas" e "discutir o que ainda é necessário avançar" em questão de gênero.
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, por sua vez, denunciou que "31% das companhias" que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), "ainda não têm mulheres no conselho administrativo nem planos de desenvolvimento para isso".
Também para esta quinta-feira, o Movimento 8-M convocou manifestações em 21 estados e no Distrito Federal.