Economia

Ata do Copom projeta inflação próxima à meta em 2012

Na ata, os integrantes do BC mantêm a avaliação de que a atual deterioração do cenário internacional causa um impacto sobre a economia brasileira

Segundo o Banco Central, o impacto da crise equivale a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008 e 2009 (Wikimedia Commons)

Segundo o Banco Central, o impacto da crise equivale a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008 e 2009 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h39.

Brasília - O Banco Central (BC) informou, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que a projeção de inflação para 2012 está "em torno" da meta prevista para o ano, de 4,5%. Esse é o cenário central com o qual o BC trabalha para o ano que vem. Na ata, os integrantes do BC mantêm a avaliação de que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto (1/4) do impacto observado durante a crise internacional de 2008 e 2009. Para fazer as suas projeções, o BC avalia como pressuposto que a atual deterioração do cenário internacional seja mais persistente do que a verificada naquele período, porém, menos aguda, sem observância de eventos extremos.

No cenário central, entre outras repercussões, destaca a ata, ocorre moderação da atividade econômica doméstica. Além disso, os preços das commodities nos mercados internacionais e a taxa de câmbio mostram certa estabilidade. "Mesmo com um ajuste moderado no nível da taxa básica de juros, no cenário central a taxa de inflação se posiciona em torno da meta em 2012, em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional", destaca o documento.

Segundo o BC, esse cenário foi construído e analisado sob a perspectiva de modelos que identificam de modo mais abrangente os mecanismos de transmissão dos desenvolvimentos externos para a economia brasileira - entre outros, os canais do comércio, do preço de importações e da volatilidade externa. Na última reunião, o Copom reduziu, por unanimidade, de 12% para 11,50% a taxa básica de juros (Selic).

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