Economia

Aneel aciona bandeira verde e contas de luz podem ficar mais baratas em janeiro

Apesar das chuvas abaixo da média histórica, os níveis dos reservatórios permaneceram estáveis

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 18h30.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira, 23 de dezembro, que a conta de luz de janeiro será cobrada sob bandeira verde, o que elimina a aplicação de valores adicionais aos consumidores.

De acordo com a agência, mesmo com chuvas abaixo da média histórica, os níveis dos reservatórios permaneceram estáveis, reduzindo a necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas.

"Nesse período chuvoso estamos com chuvas abaixo da média histórica. Contudo, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas, e em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor", diz o comunicado da Aneel.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar o custo variável da geração de energia elétrica no país. Quando a produção exige o uso de fontes mais caras, como as termelétricas, a bandeira muda e passa a incorporar cobranças extras na tarifa. Até o mês anterior, o patamar em vigor era o amarelo.

Apesar do cenário considerado favorável para a geração, a Aneel destacou a importância de manter hábitos de consumo consciente.

"A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo", reforçou a agência.

As bandeiras são organizadas por níveis e refletem o custo de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abastece residências, comércios e indústrias em todo o país.

Confira os valores aplicados em cada bandeira tarifária:

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração; sem acréscimo na tarifa.
  • Bandeira amarela: condições menos favoráveis; acréscimo de R$ 1,885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido.
  • Bandeira vermelha – Patamar 1: custo elevado de geração; acréscimo de R$ 4,463 por kWh.
  • Bandeira vermelha – Patamar 2: custo ainda maior de geração; acréscimo de R$ 7,877 por kWh.
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