Economia

Alckmin vai ao Irã para a posse de Pezeshkian como presidente

Ida ao país persa foi escolha pessoal do presidente Lula

Indústria, setor que Alckmin lidera no ministério, tem espaço para crescer no Irã (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Indústria, setor que Alckmin lidera no ministério, tem espaço para crescer no Irã (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Publicado em 30 de julho de 2024 às 08h52.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, irá à posse do presidente do IrãMasoud Pezeshkian, nesta terça-feira, 30, em Teerã. A decisão por enviar Alckmin foi tomada pelo presidente Lula.

Além de ser um ator importante no Oriente Médio, o Irã representa um mercado que ainda pode ser bastante explorado. No ano passado, o total de exportações do Brasil para o país persa foi de US$ 2,3 bilhões, de acordo com dados da Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com soja e milho liderando os produtos mais enviados para lá. Teerã, aliás, está entre os três grandes compradores de milho produzido no Brasil, disputando com China e  Japão. 

Já o principal produto comprado pelo Brasil do Irã é a ureia, um fertilizante nitrogenado derivado do petróleo usado na agricultura - no próprio milho, trigo, café e cana de açúcar.

Ou seja, existe bastante espaço para crescer comercialmente.

Quem é Masoud Pezeshkian

Considerado moderado e reformista, Masoud Pezeshkian vai assumir o comando do Irã após a morte do presidente Ebrahim Raisi, que sofreu um acidente de helicóptero em maio. Pezeshkian já foi "referendado" pelo líder supremo do país, Ali Khamenei, que é quem dá efetivamente as cartas no país.

O novo presidente foi eleito no início de julho, derrotando o diplomata ultraconservador Saeed Jalili. A votação chegou a ser prorrogada três vezes antes de ser encerrada. Ainda assim, a eleição registrou baixa participação, com cerca de 50% de comparecimento. Segundo os dados oficiais, Pezeshkian teve 53% dos votos.

Pezeshkian assumirá o governo em meio a tensões com o Oriente Médio. Em abril, o Irã lançou um ataque contra Israel para retaliar um bombardeio que atingiu um consulado iraniano na Síria. O ataque levantou temores de uma nova escalada de conflitos na região.

Aos 69 anos, o novo presidente defende uma aproximação com países ocidentais, como os Estados Unidos, para acabar com sanções que afetam a economia iraniana. Crítico de algumas políticas da pauta de costumes, Pezeshkian propõe relaxamento na lei sobre o uso obrigatório de véu para as mulheres

Acompanhe tudo sobre:IndústriaExportaçõesIrã

Mais de Economia

Pente-fino: Previdência quer fazer revisão de 800 mil benefícios do INSS até o fim do ano

Reino Unido tem rombo de 22 bilhões de libras em contas públicas

Dívida do governo sobe para 77,8% do PIB, maior nível desde novembro de 2021

Focus: Em semana de Copom, mercado sobe projeções do IPCA para 2024 e 2025

Mais na Exame