Economia

Abecs minimiza alta de inadimplência e de compras parceladas

Segundo entidade, inadimplência e o maior parcelamento das compras não preocupam as empresas de meios de pagamento


	Mulher faz o pagamento de suas contas com um cartão de crédito em uma loja de frutas
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Mulher faz o pagamento de suas contas com um cartão de crédito em uma loja de frutas (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 18h07.

São Paulo - O aumento da inadimplência na compras com cartões de crédito e o maior parcelamento das compras parceladas com juros, num momento de elevação das taxas, não preocupam as empresas de meios de pagamento, segundo a entidade que representa o setor, Abecs.

O BC revelou na véspera que o crédito destinado à pessoa física somou 1,31 trilhão de reais em maio, alta de 14,7 por cento em 12 meses encerrados em maio.

E o saldo dos cartões em relação ao volume total de crédito de recursos livres à pessoa física subiu de 17,7 para 19 por cento, maior alta desde 2009.

O saldo de cartões em operações sem juros cresceu 13,7 por cento no período.

Enquanto isso, as operações com juros, que representam 27,9 por cento do saldo de cartões, tiveram aumento da fatia do parcelamento da fatura e da compra parcelada com juros, que cresceram 19,8 por cento, para 29,6 por cento do saldo de cartões com juros (ante 24,3 por cento em maio de 2011).

Para Ricardo Vieira, diretor-executivo da Abecs, de certa forma esses dados são positivos, pois mostram que as pessoas estão recorrendo a instrumentos com taxas de juros menores para financiar suas dívidas.

O saldo do rotativo, linha mais cara, teve alta de 9,7 por cento em 12 meses.

"As pessoas estão aprendendo a usar o cartão para que ele pese menos no orçamento", disse Vieira à Reuters.

Para ele, a alta do índice de inadimplência dos cartões de crédito, de 6,5 para 6,7 por cento de abril para maio, para o maior nível em 8 meses, também não preocupa. No mesmo mês de 2013, a taxa tinha sido de 7,3 por cento.

"Tem uma alta sazonal, mas a inadimplência vai continuar comportada", disse.

A Abecs manteve a projeção de crescimento das receitas do segmento em 2014, de 17,1 por cento, para cerca de 1 trilhão de reais.

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