Economia

31% estão comprometidos com dívidas, diz pesquisa

Na passagem do terceiro para o quatro trimestre cresceu de 19% para 23% o total de inadimplentes que possuem mais de 50% da renda comprometida com dívidas


	Pagamento: desemprego foi apontado por 36% dos entrevistados para justificar a inadimplência
 (Germano Luders)

Pagamento: desemprego foi apontado por 36% dos entrevistados para justificar a inadimplência (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 14h34.

São Paulo - A parcela de consumidores brasileiros comprometida com dívidas nos próximos meses cresceu oito pontos percentuais na passagem do terceiro para o quatro trimestre do ano passado e chegou a 31%, de acordo com a pesquisa Perfil do Inadimplente, realizada pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Na passagem do terceiro para o quatro trimestre cresceu de 19% para 23% o total de inadimplentes que possuem mais de 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas.

Já a parcela dos consumidores com comprometimento entre 25% a 50% caiu de 33% para 30% no período.

E o número de endividados com a renda familiar comprometida em até 25% ficou ligeiramente menor, de 48% para 47%.

Segundo o levantamento, no quatro trimestre, 42% dos consumidores disseram estar pouco endividados e 25% afirmaram estar muito endividados.

A parcela dos "mais ou menos endividados" ficou em 33%.

O desemprego foi apontado por 36% dos entrevistados para justificar a inadimplência.

A segunda razão foi o descontrole financeiro, com 28% das menções. Em seguida aparece o empréstimo do nome a terceiros (12%).

A pesquisa apurou ainda que 95% dos inadimplentes possuem dívidas com atraso superior a 90 dias.

A aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos foi a razão da inadimplência para 19% dos entrevistados, mesmo porcentual que obteve o item pagamento de contas diversas (condomínio, aluguel, conta de celular e outros serviços).

Otimismo

Apesar do contexto de relativa instabilidade, e desaquecimento do mercado de trabalho e menor concessão de crédito, a pesquisa mostrou que cresceu de 83% para 90% a parcela de consumidores que estão otimistas em relação aos próximos 12 meses.

O otimismo do consumidor reflete na intenção dos consumidores em realizarem novas compras após quitarem as dívidas.

De acordo com a pesquisa 32%, pretendem realizar novas compras - aumento de 5 pontos porcentuais em comparação com a pesquisa anterior.

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