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Tratamentos contra osteoporose podem ajudar pacientes com covid-19

Estudo com 2 mil pacientes mostra que medicamentos que tratam a osteoporose também atuam no combate ao vírus SARS-CoV-2

Covid-19: vírus pode não ser tão resistente a medicamentos contra a osteoporose (Kiyoshi Hijiki/Getty Images)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 10h30.

Uma equipe de pesquisadores de diferentes universidades na Europa realizou um estudo que mostra que tratamentos para a osteoporose podem ser úteis também em pacientes com covid-19 . Os primeiros resultados mostram que os medicamentos podem reduzir entre 30% e 40% a infecção do vírus SARS-CoV-2.

O estudo foi publicado nesta semana na revista científica Aging e é de autoria de Jordi Monfort, chefe de reumatologia do Hospital del Mar, em Barcelona. “Certos medicamentos usados no tratamento de doenças reumáticas podem interferir positivamente na covid-19, seja diminuindo sua incidência ou sua progressão para casos mais graves”, relatou o pesquisador.

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O estudo feito relacionou dados de mais de 2 mil pacientes com osteoporose, osteoartrite e fibromialgia e que foram infectados pelo novo coronavírus. Os pesquisadores perceberam que havia uma baixa incidência do vírus nestes pacientes. Assim, passaram a testar uma série de medicamentos e tratamentos com o objetivo de observar a evolução dos casos.

Os cientistas puderam observar que tratamentos como denosumabe, zoledronato e cálcio resultaram em uma redução importante na incidência de do vírus durante as primeiras avaliações. Esses remédios equilibram o sistema esquelético e ativam uma resposta do sistema imunológico que, por sua vez, passa a combater o vírus.

Outros testes ainda precisam ser feitos para comprovar que a real eficácia destes tratamentos. “Os dados do estudo indicariam que os tratamentos antiosteoporóticos administrados a nossos pacientes da atenção primária são seguros contra a infecção pelo covid-19 e podem até reduzir sua incidência. Porém, estudos com maior número de pacientes são necessários para verificar isso”, afirmou Alba Gurt, coautor do estudo.

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