Tem manchas na pele? conheça cada uma delas e os métodos de tratamento
Acne, exposição solar, medicamentos ou envelhecimento estão entre as principais causas do efeito
Agência de notícias
Publicado em 10 de agosto de 2023 às 09h00.
Manchas de pele são uma queixa comum entre homens e mulheres nos consultórios de dermatologia. Ocasionadas por fatores como acne , exposição solar, medicamentos ou envelhecimento, costumam afetar a autoestima e exigem cuidados específicos. Por isso, as dermatologistas Cláudia Merlo e Paola Pomerantzeff e a esteticista dermaticista Patrícia Elias explicam como resolver esse problema. Confira!
O que são as manchas de pele?
Segundo Patrícia Elias, especialista em hipercromias (processo de formação de manchas escuras), o escurecimento da pele ocorre devido a uma anormalidade na pigmentação natural da pele. Ou seja, acontece quando os melanócitos (células que produzem melanina, responsáveis por dar cor e proteção à pele) sofrem algum estímulo, favorecendo o surgimento de manchas.
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Causas das manchas de pele
A alteração da cor natural da pele pode ser causada por diversos motivos. Patrícia Elias lista alguns deles:
- Exposição excessiva ao sol;
- Alterações hormonais;
- Envelhecimento da pele;
- Queimaduras;
- Picadas de inseto;
- Contato com frutas cítricas;
- Inflamação.
Tipos de manchas na pele e tratamento
Melanoses
Popularmente conhecida como mancha senis, esse tipo é causado devido à excessiva exposição ao sol. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), melanoses costumam aparecer no dorso das mãos, colo e costas, as áreas mais expostas ao sol.
“As melanoses solares são encontradas principalmente em regiões com maior exposição ao sol, pois são resultado do efeito cumulativo da radiação solar, surgindo com o passar dos anos”, complementa a dermatologista Dra. Cláudia Merlo.
Entre os tratamentos indicados para esse tipo de mancha, está o laser de luz pulsada, visto que é uma das formas mais eficazes no clareamento de manchas resistentes. Além disso, também pode ser indicado pelo médico dermatologista o uso de ácidos na pele.
Fitofotodermatose
Conforme explica Patrícia Elias, as manchas de fitofotodermatose são causadas pela reação de frutas cítricas em contato com o sol. Ainda de acordo com a especialista, para esse caso, os tratamentos indicados são microagulhamento, luz intensa pulsada, ozonioterapia, LEDterapia e peelings químico s específicos.
“O microagulhamento é ótimo aliado para tratar as manchas e estimular a produção de colágeno da pele. A luz intensa pulsada, que trabalha diretamente nos locais em que existe mais melanina, promove uma coagulação que renova a área, clareando manchas. A ozonioterapia também é recomendada com o intuito de melhorar a qualidade da pele e ajudar a dispensar o pigmento”, esclarece. Ademais, manter a pele hidratada, bem como utilizar o protetor solar, também é fundamental durante o tratamento.
Melasma
O melasma é causado devido ao excesso de produção de melanina, influenciado por fatores genéticos, hormonais e pela exposição ao sol. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), costuma aparecer durante a gravidez ou devido ao uso de pílula anticoncepcional.
Apesar de não ter cura, esse tipo de mancha pode ser tratado com a utilização regular de filtro solar, além de cremes clareadores com vitamina C e com ação de calmante e antioxidante, conforme explica a esteticista Patrícia Elias.
“É importante não se expor ao sol durante o tratamento. O melasma é uma mancha difícil e requer muito cuidado, por isso é sempre importante procurar um profissional qualificado e especialista em hipercromias para indicar o tratamento adequado”, enfatiza.
Melanomas
Apesar de sua origem também estar ligada às células que produzem melanina, esse tipo de mancha é cancerígeno. “Para identificar o melanoma, preste atenção a pintas que se enquadram na regra ABCDE: apresentando assimetria, bordas irregulares, cores múltiplas, diâmetro maior que 6 mm e evolução anormal”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.
Ainda segundo a médica, ao encontrar alguma dessas alterações, é importante procurar um dermatologista para receber o diagnóstico e o tratamento adequado. “Inicialmente, realizamos a remoção cirúrgica do melanoma, que, dependendo da evolução do quadro, pode ser acompanhada de tratamentos como a quimio, a rádio e a imunoterapia”, explica.
Nevo Ota
O nevo de Ota é uma pinta extensa com coloração amarronzada, azul, verde ou até arroxeada. Apesar de ser frequentemente confundido com manchas, é preciso ficar atento a esse tipo de pinta, pois ele não pode aumentar de tamanho. “Não é possível tratar o nevo de Ota com cosméticos tópicos clareadores, sendo necessário combatê-lo por meio do uso de tecnologias como o laser Q-Switched, que emite uma energia que atua exatamente sobre os melanócitos ”, diz a especialista.
Manchas de acne
Tecnicamente conhecidas como hipercromias pós-inflamatórias, essas manchas, segundo a Dra. Cláudia Melo, surgem na pele após processos inflamatórios, causados por acne, lesões e procedimentos como lasers e peelings. Ao contrário dos outros tipos de mancha, nesse caso não é necessário realizar tratamento, pois elas costumam sumir com o tempo.
Mas, para ajudar no processo, é possível utilizar esfoliantes e máscaras. “Uma alternativa é a máscara de argila branca que, além de calmante, também possui propriedades desintoxicantes e deve ser misturada com água filtrada ou gel de babosa, deixando agir por cerca de 20 minutos uma vez por semana”, ensina a esteticista dermaticista Patrícia Elias.
Consulte um especialista
É importante ressaltar que, independentemente do tipo de mancha, a consulta com um especialista é essencial para realizar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado para cada caso, evitando que problemas mais graves possam ocorrer. Assim sendo, evite se automedicar e preste atenção a qualquer sinal que possa surgir no seu corpo.