Sondas de petróleo reduzem iluminação pelo bem da astronomia
A ideia é proteger a escuridão noturna, que é vital para a pesquisa do universo realizada no Observatório de McDonald, no Texas
Lucas Agrela
Publicado em 15 de julho de 2018 às 05h55.
Última atualização em 15 de julho de 2018 às 05h55.
As exploradoras de petróleo do Texas estão reduzindo as luzes no processo de explosão do xisto–pelo bem da astronomia .
As exploradoras de petróleo do campo de maior atividade da América do Norte fecharam acordo para diminuir a poluição luminosa de sondas de 46 metros de altura que as empresas estão usando para encontrar o petróleo na remota região oeste do Texas, onde está localizado o Observatório McDonald, administrado pela Universidade do Texas.
O esforço voluntário estabeleceu formas de as petroleiras reduzirem o brilho em direção ao céu e lançarem mais luz em direção ao solo, de acordo com comunicado conjunto do observatório, da Associação de Petróleo e Gás do Texas e da Associação de Petróleo da Bacia de Permian, na segunda-feira.
Construído no topo do Monte Locke e do Monte Fowlkes, nas Montanhas Davis, nos EUA, o observatório tem aproveitado alguns dos céus noturnos mais escuros da parte continental do país desde a década de 1930, segundo seu website. A condição tem sido desafiada pela revolução do xisto, que estimulou a perfuração a níveis recorde, o que fez com que o McDonald trabalhasse nos últimos dois anos com as exploradoras de petróleo desenvolvendo novas diretrizes para a iluminação.
O objetivo é proteger a escuridão noturna, que é “vital para a pesquisa do universo realizada no McDonald”, disse Taft Armandroff, diretor do observatório. Mas a escuridão também é boa para o setor de petróleo: o aumento da luz lançada para baixo nos ambientes de trabalho, e não para o céu, aumentará a segurança e reduzirá os custos de energia, segundo o comunicado.
A campanha foi apoiada por uma doação da empresa de exploração Apache, afirmaram os grupos.