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Satélite desenvolvido pelo Brasil com a China será lançado em dezembro

Este é o sexto satélite de vigilância remota desenvolvido e fabricado pelos dois países

Satélite: o transporte do CBERS-4A para a base será feito no dia 5 de novembro (INPE/Divulgação)
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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 14h39.

Rio de Janeiro — O satélite CBERS-4A , montado em parceira entre Brasil e China , será lançado no próximo dia 17 de dezembro, conforme revelou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Sexto satélite de vigilância remota desenvolvido e fabricado pelos dois países, o CBERS-4A está em testes de maio no Laboratório da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, sigla em inglês).

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O satélite será colocado em órbita partindo da Base de Lançamento de Taiyuan, a cerca de 500 quilômetros de Pequim, por um foguete chinês cuja decolagem está programada para 11h21 (horário local, 0h21 de Brasília).

O transporte do CBERS-4A para a base será feito por trem e está previsto para o próximo dia 5 de novembro.

De acordo com o INPE, o satélite passou por uma série de atividades de montagem, integração e testes em seus laboratórios durante os 18 meses em que esteve no Brasil.

O chamado Programa Chinês-Brasileiro de Satélite de Vigilância Remota (CBERS) é um projeto conjunto iniciado há mais de duas décadas e que permitiu aos dois países dominar a tecnologia de vigilância remota com câmeras e sensores para observação da Terra.

O programa, que oferece gratuitamente imagens de satélite a diferentes países de América Latina e África, é considerado o maior de cooperação espacial entre países em desenvolvimento.

Brasil e China desenvolveram e lançaram com sucesso até agora os satélites (CBERS-1, CBERS-2, CBERS-2B e CBERS-4). Apenas o CBERS-3, no final de 2013, caiu logo após seu lançamento antes de alcançar a órbita prevista.

O CBERS-4A levará a bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM). Ele foi projetado para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento de florestas, mudanças na vegetação, recursos hídricos e expansão urbana com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores.

O Brasil usa imagens de seus satélites em seus programas para controle do desmatamento na Amazônia e detectar incêndios florestais, entre outros.

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