Ciência

Rocha colhida em Marte pode ser de origem vulcânica

Rocha pode indicar indício de condições favoráveis à vida em tempos remotos em Marte

"Parece que nossas primeiras rochas revelam um entorno potencialmente habitável", declarou pesquisador (NASA/Divulgação)

"Parece que nossas primeiras rochas revelam um entorno potencialmente habitável", declarou pesquisador (NASA/Divulgação)

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AFP

Publicado em 10 de setembro de 2021 às 19h27.

O robô Perseverance colheu duas amostras de rocha em Marte que podem ser de origem vulcânica, anunciou a Nasa nesta sexta-feira, destacando que a presença de sais nas mesmas podem ser um indício de condições favoráveis à vida em tempos remotos.

"Parece que nossas primeiras rochas revelam um entorno potencialmente habitável", declarou o responsável científico do Perseverance, Ken Farley, citado em comunicado.

No começo de agosto, o robô fracassou em sua primeira tentativa de colher uma amostra de rocha, batizada de Roubion, mas persistiu no trabalho e, posteriormente, selecionou outra pedra, mais dura, batizada de Rochette.

O Perseverance extraiu uma primeira amostra da rocha na semana passada e outras duas dias depois, do mesmo pedaço de mineral, considerado particularmente interessante pela Nasa. Cada uma com 6 cm de comprimento, elas foram armazenadas em tubos lacrados e mantidas dentro do veículo espacial.

"Com base nas observações feitas até agora, deduzimos que Roubion e Rochette provêm de antigos derramamentos de lava", indicou em entrevista coletiva Katie Stack Morgan, membro da equipe científica do robô. As rochas "mostram indícios de interações importantes" com a água, acrescentou.

As rochas contêm sais minerais, que provavelmente se depositaram quando a água evaporou. Isso confirma que houve presença de água por um longo período, concluíram os especialistas.

A Nasa planeja uma missão para trazer cerca de 30 amostras para a Terra na década de 2030, de forma que os cientistas possam conduzir análises mais detalhadas para confirmar se houve vida microbiana em Marte.

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