Ciência

Quem tem bicho de estimação sofre menos na quarentena, diz estudo

Os pets podem ajudar você a se sentir menos estressado e também a permanecer ativo mesmo na pandemia

Animais de estimação: pets também ajudam as pessoas a se manterem ativas (Kimberlee Reimer/Getty Images)

Animais de estimação: pets também ajudam as pessoas a se manterem ativas (Kimberlee Reimer/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 18h32.

Última atualização em 29 de setembro de 2020 às 19h03.

A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus pode ser uma experiência solitária e causar problemas de saúde mental. Mas quem tem um animal de estimação pode sofrer menos com o estresse do distanciamento social. Pelo menos é o que indica uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores britânicos, feita com 6.000 participantes.

Ter a companhia de um animal de estimação em casa pode ajudar a melhorar a saúde mental e também a reduzir o sentimento de solidão durante a quarentena, segundo a pesquisa.

Além de ajudar a lidar com questões emocionais, os pets também ajudam as pessoas a se manter ativas, resposta dada por mais de nove a cada dez entrevistados no estudo.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo indicam que as pessoas com problemas autodeclarados de saúde mental tiveram altos índices de intensidade no vínculo com seus animais de estimação. A pesquisa aponta ainda que não importa qual seja o bicho para que exista uma forte ligação emocional com ele.

“As pessoas em nossa amostra se sentiam, em média, tão próximas emocionalmente, por exemplo, de seus porquinhos-da-Índia quanto se sentiam de seus cachorros”, diz a autora principal do estudo, Elena Ratschen, pesquisadora de saúde da Universidade de York. O estudo foi publicado no periódico científico PLOS One.

Uma pesquisa recente realizada pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos mostrou que a pandemia do novo coronavírus está causando alteração na saúde mental das pessoas. O levantamento apontou que um a cada quatro jovens adultos no país reportou ter considerado seriamente o suicídio por causa da pandemia. O sintoma mais comum reportado pelos entrevistados foi a ansiedade (30,9%), seguido pelos sintomas de desordens mentais ocasionadas por traumas (26,3%).

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