Vacina contra coronavírus: poucos projetos estão em fase de teste em humanos (Sasirin Pamai / EyeEm/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de abril de 2020 às 11h36.
Última atualização em 22 de abril de 2020 às 11h49.
A farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech SE receberam o aval para começar testes clínicos em humanos de uma vacina contra o novo coronavírus na Alemanha.
Os testes serão realizados com 200 pessoas saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos. Em uma segunda fase, também receberão a vacina pessoas de grupo de alto risco para o novo coronavírus. As empresas esperam receber permissão para testar pacientes, também, nos Estados Unidos.
O anúncio do aval clínico para os testes fez as ações da BioNTech saltarem mais de 60%, enquanto as ações da Pfizer subiram 3,6%, informa a Bloomberg.
O ministro da saúde da Alemanha Jens Spahn ressaltou que, apesar de o avanço dos testes ser uma boa notícia, ainda serão necessários vários meses até que uma vacina contra o novo coronavírus esteja disponível.
Nesta semana, a farmacêutica Roche estimou que uma vacina não chegará antes do fim de 2021.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 70 vacinas em desenvolvimento contra o novo vírus. Poucas estão em testes em humanos. Há duas nos Estados Unidos e uma feita pela empresa de Hong Kong CanSino Biologics e pelo Instituto de Biotecnologia de Pequim.
No Reino Unido, a Universidade de Oxford planeja testar uma nova vacina em 500 pessoas no mês de maio deste ano. Os pesquisadores ingleses têm a previsão mais otimista entre seus pares globalmente e almejam que a vacina contra o novo coronavírus fique pronta em setembro de 2020.