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Padilha diz que médicos estão mal distribuídos no País

Ministro da Saúde disse que para se equiparar à Inglaterra na quantidade de médicos por habitantes, o Brasil precisaria de mais 170 mil médicos


	Ministro da Saúde, Alexandre Padilha: defendeu que o programa  Mais Médicos permite que as vagas de profissionais de saúde sigam as necessidades da população
 (Elza Fiúza/ABr)

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha: defendeu que o programa  Mais Médicos permite que as vagas de profissionais de saúde sigam as necessidades da população (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 16h36.

Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar que os médicos estão mal distribuídos no território brasileiro. Durante cerimônia de lançamento do programa Mais Médicos, que ocorre na tarde desta segunda-feira no Palácio do Planalto, Padilha disse que para o Brasil se equiparar à Inglaterra na quantidade de médicos por habitantes, o País precisaria de mais 170 mil médicos.

Ele defendeu que o programa lançado nesta segunda permite que as vagas de profissionais de saúde sigam as necessidades da população. Segundo o governo, o objetivo do programa é ampliar a presença de médicos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades.

O programa vai ofertar bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob supervisão de instituições públicas de ensino.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda que cresceram as matrículas nos cursos de medicina nos últimos anos, mas ainda não é o suficiente. Em 2000, segundo ele, eram 55 mil. Neste ano, são 108 mil. "O Brasil tem uma oferta de cursos de medicina bastante aquém de países com PIB per capita semelhante", disse o ministro. "Somos o segundo país com o maior numero de faculdades, mas quando olhamos o número de matriculas e concluintes, é muito aquém do que a população brasileira precisa hoje", concluiu.

Ele afirmou que as universidades federais deverão ampliar os cursos existentes e criar novos. "Esse é um projeto estruturante que vai resolver o problema da oferta a partir de 2022", defendeu.

Residência

O ministro afirmou nesta segunda-feira que o governo está fazendo "a maior expansão da oferta de residência" e que não haverá mais curso de medicina no País sem três residências previamente estabelecidas. "Os profissionais que trabalham nos hospitais públicos, que vão acompanhar e orientar esses estudantes, vão passar a ser remunerados e valorizados", disse.

Mercadante afirmou que o País tem 46 hospitais universitários e que serão construídos mais cinco até 2018. Segundo ele, ainda serão reformados e modernizados os hospitais já existentes. O ministro ressaltou que o programa lançado nesta segunda não altera o Revalida. "Todo médico formado no exterior que quiser ter acesso pleno à medicina no Brasil terá de fazer o Revalida", disse.

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