A transmissão da meningite geralmente é de pessoa para pessoa, através de vias respiratórias. Basta contato com gotículas de secreções de nariz ou garganta para se contaminar (Universal Images/Getty Images)
A cidade de São Paulo confirmou a morte de uma mulher, de 42 anos de idade, por meningite na última terça-feira, 27. Esse é um dos cinco casos registrados no período de 16 de julho a 15 de setembro, que segundo a Secretaria, já é considerado um surto da doença.
Além da mulher, os demais casos foram registrados em um bebê de 2 meses e em adultos de 20, 21 e 61 anos de idade. Segundo a prefeitura, imediatamente após as notificações dos casos, foram desencadeadas ações de prevenção e controle da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meningite meningocócica trata-se de uma inflamação das meninges que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa é uma das mais frequentes síndromes clínicas da doença, considerada uma doença endêmica com surtos em determinados períodos.
Os grupos considerados vulneráveis a esses surtos são crianças, adolescentes e adultos jovens. A doença também atinge com maior frequência mulheres que acabaram de ter filhos, ou seja, que ainda são lactantes.
Em mais graves de meningite bacteriana podem aparecer convulsões, delírio, tremores e coma.
A transmissão da meningite geralmente é de pessoa para pessoa, através de vias respiratórias. Basta contato com gotículas de secreções de nariz ou garganta para se contaminar. Em alguns casos, a transmissão também pode ser feita via fecal-oral, através de ingestão de água contaminados com fezes, ou alimentos.
Por ser uma doença infecciosa, a prevenção da meningite é realizada através de vacina. Elas estão disponíveis para prevenção das principais causas da doença.
Para prevenir da meningite meningocócica, é necessário tomar a Vacina meningocócica C (Conjugada).
O imunizante contra a meningite meningocócica C deve ser aplicado em bebês aos 3, 5 e 12 meses, e o de meningite meningocócica ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos de idade. A vacinação foi ampliada no dia 19 também para adolescentes de 13 e 14 anos, até junho de 2023, conforme definição do Programa Nacional de Imunizações.
“É fundamental que pais e responsáveis mantenham a vacinação de seus filhos em dia para protegê-los das chamadas doenças imunopreveníveis, como meningite meningocócica, poliomielite, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, entre outras. Vacinas salvam vidas e isso ficou ainda mais evidente na pandemia de covid-19”, disse o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
Os cidadãos podem verificar sua situação vacinal na unidade de saúde e localizar a mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde.
(Fonte: Ministério da Saúde)
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