Bill Gates: fundador da Microsoft agora investe em geoengenharia solar para reduzir o aquecimento global (Ramin Talaie/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 11 de setembro de 2019 às 13h29.
Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 14h11.
São Paulo – Bill Gates está concentrando seus investimentos bem longe dos sistemas operacionais ou do desenvolvimento de programas para computador. O fundador da Microsoft está investindo seu dinheiro – e tempo – em um projeto experimental focado em reduzir o aquecimento global.
O experimento utiliza conceitos de geoengenharia solar e consiste em permitir que aviões sobrevoem regiões específicas da Terra ao mesmo tempo em que “despejam” milhões de toneladas de partículas químicas que criariam uma nuvem capaz de esfriar a superfície do planeta.
“Os estudos de modelagem mostraram que isso poderia reduzir a intensidade das ondas de calor e a taxa de aumento do nível do mar”, afirmou Andy Parker, diretor do projeto que é chamado de Iniciativa de Governança de Gerenciamento de Radiação Solar.
O plano de Gates é ambicioso, ao mesmo tempo em que ainda enfrenta alguns problemas. À emissora americana CNBC, especialistas em estudos climáticos afirmaram que as consequências podem envolver inundações em massa, secas e até a “erradicação do céu azul”.
Mesmo assim, é um esforço que válido. Em 2018, vale lembrar, a temperatura média da superfície da Terra foi a quarta mais alta em quase 140 anos, segundo estudos realizados pela Nasa, perdendo apenas para as altas registradas em 2015, 2016 e 2017.