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Novo vírus HIV é descoberto pela 1ª vez em vinte anos

A primeira amostra da nova cepa do HIV foi descoberta no final dos anos 80. No entanto, o material recolhido não era suficiente para ser estudado

(Getty Images/Getty Images)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 12h16.

Última atualização em 6 de novembro de 2019 às 12h22.

São Paulo - Nesta quarta-feira, 6, cientistas anunciaram a descoberta de um novo tipo do vírus da imunodeficiência humana, HIV, que causa a doença conhecida como Aids . Publicado no jornal científico Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (JAIDS), o estudo foi realizado pelo laboratório norte-americano Abbott e representa a primeira vez, em quase vinte anos, que uma nova cepa do vírus é descoberta.

A cepa, denominada cepa L, se encontra no grupo M, que é uma das quatro subclasses existentes para o HIV. Ela agora faz parte de outras dez cepas já identificadas, ao longo dos anos, por cientistas.

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Sua primeira amostra foi descoberta pela primeira vez no final dos anos 80. No entanto, o material recolhido não era suficiente para ser estudado. Com o avanço da tecnologia, os cientistas conseguiram observar a sequência de seus genomas e categorizá-lo de forma adequada.

Mary Rodgers, bióloga da Abbott e uma das responsáveis pela pesquisa , informou em entrevista para a VEJA que o estudo tem o objetivo de diminuir as pandemias de Aids pelo mundo e monitorar o vírus: “Graças aos esforços da comunidade global da área da saúde nas últimas décadas, a meta de acabar com a pandemia de HIV está se tornando atingível".

https://www.youtube.com/watch?v=DgPW_KLMNdU

Segundo um levantamento realizado pelo Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), hoje existem mais de 38 milhões de pessoas, globalmente, que convivem com a doença causada diretamente pelo HIV, enquanto 1 milhão de pessoas chegaram a falecer, apenas em 2019, pelo progresso da doença.

Para o site TheStar, Rodgers informou que esse é apenas o início do avanço no tratamento: "Encontrar essa nova cepa é apenas o começo. Compartilhando a sequência com a comunidade científica em geral, agora outros cientistas poderão avaliar como essa cepa é diferente das outras em termos de tratamento e também para o desenvolvimento de diagnósticos ou testes que possam detectá-lo."

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