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Novo estudo detalha como coronavírus infecta humanos

Nova pesquisa realizada por cientistas dos Estados Unidos demonstra como o vírus é transmitido para seres humanos

Coronavírus: estudo demonstra como vírus infecta humanos (Jasni Ulak / EyeEm/Getty Images)

Lucas Agrela

Publicado em 30 de março de 2020 às 16h08.

Última atualização em 1 de abril de 2020 às 20h01.

Um novo estudo feito por pesquisadores nos Estados Unidos avaliou como o novo coronavírus infecta humanos. Os pesquisadores da Universidade de Minesota modelaram em 3D, e em escala atômica, os espinhos de proteína do vírus e as células humanas às quais eles se ligam. Os receptores do corpo humano em questão são chamados ACE-2. Quando o vírus entra no corpo e encontra esses receptores, ele se conecta a eles e começa a se replicar.

A análise mostrou que os espinhos de proteína usados pelo vírus o tornam cerca de quatro vezes mais forte do que o vírus sars, da mesma família de vírus. O sars se propagou em 2002 e foi erradicado em dois anos.

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O estudo indica ainda que o novo coronavírus pode entrar no corpo pelo nariz ou pela boca e suas partículas se ligam a células do sistema respiratório. Poucas partículas do vírus são necessárias para infectar uma pessoa.

“O estudo fornece uma razão para essa diferença: o espinho de proteína da superfície no Sars-CoV-2 é capaz de se ligar de forma mais eficiente à proteína da superfície celular, chamada ACE-2, que atua como porta de entrada para o vírus. Essa ligação aprimorada pode permitir que o vírus infecte o nariz e a garganta com mais eficiência, onde se pensa que os níveis de ACE-2 são mais baixos”, disse ao The Guardian Jonathan Ball, professor de virologia da Universidade de Nottingham, que não participou do estudo.

Publicado na revista científicaNature, o estudo mostra também que a origem do vírus está relacionada a morcegos e pangolins. Não se sabe, porém, se o vírus veio diretamente dos morcegos para os humanos ou se o salto de espécies teve o pangolim como intermediário.

Como acontece com a maioria dos estudos relacionados ao novo coronavírus, a pesquisa americana ainda é preliminar e é necessária mais investigação científica para validar as hipóteses dos pesquisadores.

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