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Nasa encontra evidência de água em Marte

Apesar de a fonte da água ser desconhecida, a descoberta pode influenciar os estudos sobre a possibilidade de presença de vida no planeta

Água em Marte: descoberta pode influenciar os estudos sobre a possibilidade de presença de vida no planeta (NASA/JPL/University of Arizona/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 13h48.

Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 12h37.

Cabo Canaveral - Cientistas descobriram o primeiro indício de que água salgada pode fluir na superfície de Marte durante os meses de verão do planeta vermelho, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira.

Embora a fonte e a composição da água sejam desconhecidas, a descoberta pode afetar a especulação sobre a possibilidade de o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar poder acolher a vida microbiana dos dias atuais.

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Os cientistas desenvolveram uma nova técnica para analisar mapas químicos da superfície marciana obtidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da agência aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês).

Eles encontraram marcas reveladoras de sais que só se formam na presença de água em canais estreitos nas encostas de rochedos por toda a região equatorial do planeta.

Esses declives, relatados pela primeira vez em 2011, surgem durante os meses quentes do verão marciano e desaparecem quando as temperaturas caem.

Os cientistas desconfiam que essas faixas, conhecidas como linhas de declive recorrentes, (RSL, na sigla em inglês), são abertas pelo fluxo da água, mas ainda não haviam sido capazes de medi-las.

“Achei que não havia esperança”, disse Lujendra Ojha, estudante de graduação no Instituto de Tecnologia da Georgia e principal autor da monografia presente na edição desta semana do periódico Nature Geoscience, à Reuters.

A sonda Mars Reconnaissance Orbiter faz medições durante a parte mais quente do dia marciano, por isso os cientistas acreditavam que quaisquer indícios de água, ou de marcas de minerais hidratados, teriam se evaporado.

Além disso, o instrumento de detecção química na sonda orbital não consegue especificar detalhes tão pequenos quanto as faixas, que costumam ter menos de 5 metros de largura.

Mas Ojha e seus colegas criaram um programa de computador que consegue esmiuçar pixels individuais. Esses dados depois foram correlacionados com as imagens de alta resolução das faixas. Os cientistas se concentraram nas faixas mais largas e encontraram uma combinação perfeita entre suas localizações e a detecção de sais hidratados.

A descoberta “confirma que a água está desempenhando um papel nestas características”, acrescentou Alfred McEwen, cientista planetário da Universidade do Arizona. “Não sabemos se está vindo da subsuperfície. Pode vir da atmosfera.”

Texto atualizado às 13h43

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