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Morre aos 82 anos o neurologista e escritor Oliver Sacks

Sacks usava seus casos clínicos, pacientes e as doenças que tratava para refletir sobre a consciência e a condição humana

Oliver Sacks: em carta, descreveu sua vida como um "privilégio" e "uma aventura" (Reprodução/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2015 às 09h21.

O neurologista e escritor britânico Oliver Sacks morreu neste domingo em sua casa de Nova York (EUA), aos 82 anos, informou o jornal "The New York Times".

O popular escritor, que ficou famoso com livros como o "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu", usava seus casos clínicos, pacientes e as doenças que tratava para refletir sobre a consciência e a condição humana.

Sacks morreu devido ao câncer que já estava enfrentando há alguns anos, confirmou ao "The New York Times" sua assistente pessoal, Kate Edagr. Em artigo publicado em fevereiro no mesmo jornal, Sacks, nascido em Londres, anunciou que um melanoma em seu olho tinha se propagado para o fígado e que estava em fase terminal.

Sua infrequente popularidade entre os cientistas lhe permitiu vender mais de 1 milhão de exemplares só nos Estados Unidos. Inclusive, seu livro "Despertares" (1973), sobre um grupo de doentes com casos raros de encefalite, foi levado aos cinemas em 1990, sendo protagonizado por Robin Williams e Robert De Niro.

Em sua despedida dos leitores, o autor e popular cientista escreveu: "Há um mês, me encontrava bem de saúde, francamente bem. Aos meus 81 anos, seguia nadando um quilômetro e meio todos os dias. Mas minha sorte tinha um limite: pouco depois, soube que tenho metástases múltiplas no fígado".

"Há nove anos descobri no olho um tumor pouco frequente, um melanoma ocular. Apesar da radiação e do tratamento de laser que me submeti para eliminá-lo terem me deixado cego desse olho, é muito raro que esse tipo de tumor se reproduza. Pois bem, pertenço aos infelizes 2%", acrescentou.

"Devo decidir como viver os meses que me restam. Tenho que vivê-los da maneira mais rica, intensa e produtiva que eu possa. Devo dar prioridade ao meu trabalho, a meus amigos e a mim mesmo. Vou deixar de ver o jornal da televisão todas as noites. Vou deixar de prestar atenção na política e nos debates sobre aquecimento global. Não é indiferença, mas sim distanciamento", acrescentou na carta aos leitores.

Sacks descreveu sua vida como um "privilégio" e "uma aventura". Ao concluir a carta de despedida publicada pelo jornal nova-iorquino, disse que não podia fingir que não tinha medo, mas afirmou que "o sentimento que predomina é a gratidão".

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O neurologista e escritor britânico Oliver Sacks morreu neste domingo em sua casa de Nova York (EUA), aos 82 anos, informou o jornal "The New York Times".

O popular escritor, que ficou famoso com livros como o "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu", usava seus casos clínicos, pacientes e as doenças que tratava para refletir sobre a consciência e a condição humana.

Sacks morreu devido ao câncer que já estava enfrentando há alguns anos, confirmou ao "The New York Times" sua assistente pessoal, Kate Edagr. Em artigo publicado em fevereiro no mesmo jornal, Sacks, nascido em Londres, anunciou que um melanoma em seu olho tinha se propagado para o fígado e que estava em fase terminal.

Sua infrequente popularidade entre os cientistas lhe permitiu vender mais de 1 milhão de exemplares só nos Estados Unidos. Inclusive, seu livro "Despertares" (1973), sobre um grupo de doentes com casos raros de encefalite, foi levado aos cinemas em 1990, sendo protagonizado por Robin Williams e Robert De Niro.

Em sua despedida dos leitores, o autor e popular cientista escreveu: "Há um mês, me encontrava bem de saúde, francamente bem. Aos meus 81 anos, seguia nadando um quilômetro e meio todos os dias. Mas minha sorte tinha um limite: pouco depois, soube que tenho metástases múltiplas no fígado".

"Há nove anos descobri no olho um tumor pouco frequente, um melanoma ocular. Apesar da radiação e do tratamento de laser que me submeti para eliminá-lo terem me deixado cego desse olho, é muito raro que esse tipo de tumor se reproduza. Pois bem, pertenço aos infelizes 2%", acrescentou.

"Devo decidir como viver os meses que me restam. Tenho que vivê-los da maneira mais rica, intensa e produtiva que eu possa. Devo dar prioridade ao meu trabalho, a meus amigos e a mim mesmo. Vou deixar de ver o jornal da televisão todas as noites. Vou deixar de prestar atenção na política e nos debates sobre aquecimento global. Não é indiferença, mas sim distanciamento", acrescentou na carta aos leitores.

Sacks descreveu sua vida como um "privilégio" e "uma aventura". Ao concluir a carta de despedida publicada pelo jornal nova-iorquino, disse que não podia fingir que não tinha medo, mas afirmou que "o sentimento que predomina é a gratidão".

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