Redação Exame
Publicado em 25 de novembro de 2024 às 22h13.
Durante uma expedição às Ilhas Salomão, mergulhadores afiliados à iniciativa Pristine Seas da National Geographic registraram o maior coral já documentado na história. Com 34 metros de comprimento e 32 metros de largura, o animal é maior que uma baleia-azul, e pode se estender por cinco quadras de tênis se colocado diagonalmente.
O coral, localizado próximo ao arquipélago Três Irmãs, na província de Makira-Ulawa, foi inicialmente confundido com o sombreamento de um naufrágio. Pesquisadores estimam que ele esteja em crescimento contínuo há cerca de 300 a 500 anos.
A descoberta foi liderada por Enric Sala, explorador residente da National Geographic, que comparou o achado a "encontrar a árvore mais alta do mundo". A equipe espera que a visibilidade do coral impulsione iniciativas de conservação, mesmo fora de eventos como a COP16, que debaterá a biodiversidade global.
“Embora possamos observar cada pedaço de terra com satélites e drones, o oceano abaixo da superfície ainda guarda mistérios como este”, afirmou Sala.
Molly Timmers, cientista da expedição, destacou que a nova descoberta supera o famoso coral “Big Momma” em Samoa Americana, anteriormente considerado o maior do mundo. “Se o Big Momma parecia uma bola de sorvete, este coral é como se o sorvete tivesse derretido, se espalhando pelo fundo do mar”, explicou.
A iniciativa Pristine Seas busca coletar dados para proteger regiões marinhas ainda intactas, reforçando a importância de preservar esses habitats únicos e pouco explorados.