Golfinhos militares da Rússia são vistos em base naval no Mar Negro
Sim, eles existem. Imagens de satélite capturadas pela Maxar Technologies mostraram a presença de golfinhos militarizados no porto de Sebastopol, na Crimeia.
Os animais treinados pertencentes à Marinha Russa tem como objetivo proteger a base naval do país, localizada no Mar Negro, de possíveis operações submarinas da Ucrânia.
De acordo com o relatório do Instituto Naval dos EUA, os golfinhos foram transferidos para a base em fevereiro, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O que são golfinhos militarizados?
Não são só os golfinhos que participam do trabalho militar. Baleias beluga, leões marinhos e focas também são animais aptos para serem treinados. Eles podem vigiar a região em busca de minas ancoradas, mergulhadores e outras possíveis ameaças.
A agência de notícias russa RIA Novosti escreveu em 2014: "Os golfinhos são treinados para patrulhar águas abertas e atacar ou prender boias a itens de interesse militar, como minas no fundo do mar ou mergulhadores de combate treinados."
No caso dos mergulhadores inimigos, o golfinho é treinado para colocar um dispositivo nas costas da pessoa, arrastando ela para a superfície.
Como surgiram os golfinhos militarizados?
O primeiro projeto oficial de treinar golfinhos para missões de caça foi idealizado em 1967, pelo Programa de Mamíferos Marinhos da Marinha dos EUA.
Logo depois, países como Rússia, Israel e Coreia do Norte passaram a investir em programas voltados para preparar os mamíferos marinhos.
A divisão da Rússia, por exemplo, foi criada pela União Soviética durante a Guerra Fria. Com a queda da URSS, as unidades foram transferidas para as forças armadas ucranianas e tomadas novamente pela Rússia em 2014, após a anexação da Crimeia.
Durante a Guerra do Iraque em 2003, por exemplo, as operações lideradas por golfinhos levaram à remoção de mais de 100 minas no porto de Umm Qasr.
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