Castex disse que grandes festas públicas e fogos de artifício serão proibidos na véspera de Ano-Novo, e recomendou que as pessoas, mesmo vacinadas, façam testes antes de comparecerem a festas de fim de ano (Brendan McDermid/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 19h25.
Última atualização em 17 de dezembro de 2021 às 19h32.
A França reduzirá a partir do próximo mês o intervalo entre a segunda e a terceira doses da vacina contra covid-19 para quatro meses, e exigirá que as pessoas apresentem prova de vacinação para entrar em alguns locais, afirmou o primeiro-ministro Jean Castex nesta sexta-feira.
O intervalo entre as vacinas atualmente é de cinco meses, mas o governo francês está preocupado com a disseminação da variante ômicron do coronavírus.
Castex disse que grandes festas públicas e fogos de artifício serão proibidos na véspera de Ano-Novo, e recomendou que as pessoas, mesmo vacinadas, façam testes antes de comparecerem a festas de fim de ano.
Para aumentar a pressão para que as pessoas se vacinem, o governo apresentará um projeto de lei no início do próximo ano para transformar o passaporte de saúde francês em passaporte de vacinação. Isso significa que as pessoas terão de ser vacinadas para entrar em restaurantes ou usar o transporte público de longa distância.
De acordo com as regras atuais, um teste negativo recente pode servir como passaporte de saúde, mesmo sem vacinação.
"Não podemos permitir que a recusa de alguns franceses em se vacinar afete a vida de todo o país", disse Castex em um discurso transmitido pela televisão.
Segundo Castex, a rápida disseminação da variante ômicron também está por trás das restrições impostas a viagens do Reino Unido para a França a partir de sábado. Ele afirmou ainda que as autoridades de saúde preveem que a variante se espalhe rapidamente e se torne dominante no início do próximo ano.