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Falta de sono na adolescência pode acelerar o surgimento de Alzheimer

Estudo feito com camundongos indica ligação entre bons hábitos noturnos e prevenção da doença

. (Thinkstock/Thinkstock)
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Ariane Alves

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 14h45.

Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 14h54.

São Paulo - A falta de sono durante a adolescência e o início da idade adulta acelera alterações em proteínas do organismo que estão relacionadas ao surgimento do mal de Alzheimer , doença degenerativa neurológica que pode comprometer de maneira permanente importantes funções cerebrais, como memória, linguagem, cálculo e comportamento. A relação é apontada em um estudo publicado pela Sociedade de Neurociência dos Estados Unidos e coordenado pela Universidade da Pensilvânia.

A pesquisa observou o comportamento de camundongos machos e fêmeas que apresentavam duas formas de distúrbios de sono muito comuns nas sociedades modernas e urbanizadas: o sono curto e crônico (CSS, na sigla em inglês) e a fragmentação crônica do sono (CFS). Ambas representam interrupções no processo de descanso do corpo e levaram a um início mais precoce das deficiências motoras que se desenvolvem na espécie estudada. Além disso, os animais apresentaram alterações na proteína tau, cujo acúmulo no cérebro está fortemente ligado ao Alzheimer.

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Observações anteriores também apontam que a perda do sono contribui para o acúmulo da proteína amiloide, também ligada ao Alzheimer. Os resultados do estudo publicado hoje reforçam a influência do sono na neurodegeneração presente durante o envelhecimento e confirmam a importância de se adotar hábitos de sono saudáveis ​​no início da vida adulta.

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