Ciência

Covid-19 aumenta fortemente chance de morte fetal, indica estudo

A constatação é parte de uma pesquisa feita pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, e se baseou em mais de 1,2 milhão de partos ocorridos entre março de 2020 e setembro de 2021

Mulher grávida em pé perto da janela com máscara médica facial. (aywan88/Getty Images)

Mulher grávida em pé perto da janela com máscara médica facial. (aywan88/Getty Images)

O risco de morte fetal é quase o dobro para mulheres com covid-19 em comparação com aquelas sem a doença, e cresceu até quadruplicar-se durante o período em que a variante delta se tornou dominante, de acordo com um vasto estudo realizado por uma instituição estatal dos Estados Unidos, divulgado nesta sexta-feira, 19.

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A análise, conduzida pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), se baseou em mais de 1,2 milhão de partos ocorridos entre março de 2020 e setembro de 2021 incluídos em um banco de dados de hospitais.

Em geral, os casos de natimortos foram muito pouco frequentes, somando 8.154, 0,65% do total. Porém, o risco de morte fetal foi 1,9 vezes maior em mulheres infectadas pelo coronavírus.

Especificamente, nesse período, 1,26% dos nascimentos foram de natimortos entre mulheres com covid-19, contra 0,64% para o restante.

A variante delta aumentou esse risco, descobriram os CDC, que analisaram os períodos antes e depois que essa variante se tornou dominante no país, em julho de 2021.

Em relação às não infectadas, o risco era 1,47 vezes maior entre as mães com a doença antes do aparecimento da delta e 4,04 vezes maior depois que a variante se tornou dominante.

Os autores escreveram que pesquisas anteriores haviam sugerido que uma possível causa biológica do risco aumentado poderia ser a inflamação ou a diminuição do fluxo sanguíneo para a placenta.

Entre os partos com covid-19, foram associados a taxas mais elevadas de natimortos ter mais de um bebê ou condições como hipertensão crônica, lesão cardíaca, descolamento da placenta do útero, sepse, fluxo sanguíneo insuficiente resultando em choque, lesão pulmonar com risco de vida, estar em um unidade de terapia intensiva ou sob respiração artificial.

“São necessários estudos adicionais para investigar o papel das complicações maternas da covid-19” sobre esta questão, disseram os autores. Porém, o estudo está entre os mais sólidos até agora vinculando a covid-19 e as mortes fetais, apontaram.

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