Ciência

Conheça a descoberta que levou o Prêmio Nobel de Medicina 2025

Estudo sobre as células T reguladoras explica como o corpo evita atacar a si mesmo

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de outubro de 2025 às 13h17.

Última atualização em 6 de outubro de 2025 às 13h57.

Os cientistas Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi foram reconhecidos com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2025 por descobrir como o corpo humano impede que o próprio sistema imunológico o ataque.

Suas pesquisas explicam o funcionamento da tolerância imunológica periférica, um mecanismo essencial que mantém o equilíbrio das defesas do organismo.

O que eles descobriram

Segundo o site do Prêmio Nobel, o sistema imunológico tem a função de identificar e eliminar invasores, como vírus e bactérias. O desafio, porém, é evitar que esse mesmo sistema destrua células saudáveis.

A resposta para esse equilíbrio está nas células T reguladoras, descobertas por Sakaguchi em 1995. Elas atuam como “fiscais” do sistema imunológico, controlando outras células para impedir que causem inflamações e doenças autoimunes.

Mais tarde, em 2001, Brunkow e Ramsdell descobriram o gene Foxp3, responsável pela formação e funcionamento dessas células T reguladoras.

Ao estudar uma linhagem de camundongos suscetível a doenças autoimunes, eles identificaram uma mutação nesse gene e constataram que o mesmo ocorre em humanos com a síndrome IPEX, uma condição rara e grave que causa falhas no controle imunológico.

Por que isso é importante

A conexão entre as descobertas aconteceu em 2003, quando Sakaguchi mostrou que o Foxp3 é o “interruptor” que ativa as células T reguladoras. Essa descoberta explicou, pela primeira vez, como o corpo evita destruir seus próprios tecidos e abriu caminho para novas terapias contra doenças autoimunes, câncer e rejeição de transplantes.

Hoje, os estudos dos três cientistas formam a base de diversas pesquisas clínicas em andamento. Como destacou o Comitê Nobel, as descobertas “foram decisivas para entender por que nem todos desenvolvemos doenças autoimunes graves”.

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