Cientistas veem risco crescente de asteroide colidir com a Terra
Os asteroides são muito frágeis, mas quando são grandes, podem penetrar profundamente na atmosfera e representar uma ameaça real de colisão
AFP
Publicado em 6 de junho de 2017 às 16h56.
O risco de a Terra ser atingida por um asteroide de uma chuva de meteoros conhecida como Táuridas está aumentando, afirmaram cientistas checos nesta terça-feira.
Os astrônomos, da Academia Checa de Ciências, chegaram a essa conclusão depois de analisar 144 bólides - grandes meteoros que explodem na atmosfera - da Táuridas e detectar um novo "ramo" com pelo menos dois asteroides que têm entre 200 e 300 metros de diâmetro.
"Provavelmente, o ramo também inclui muitos asteroides não detectados que têm dezenas de metros de diâmetro ou mais", informou a academia checa em uma nota à imprensa.
"Portanto, o perigo de uma colisão com um asteroide cresce significativamente" a cada vez "que a Terra encontra esse fluxo de material interplanetário".
O novo ramo compreende objetos que se movem juntos em torno do Sol, e a Terra se encontra com ele a cada poucos anos por um período de cerca de três semanas.
"Durante este período, a probabilidade de uma colisão com um objeto maior (de cerca de dezenas de metros de diâmetro) é acentuadamente maior", informou a Academia.
Os asteroides são muito frágeis, mas quando eles são grandes assim, podem penetrar profundamente na atmosfera e representar uma ameaça real de colisão com a Terra, acrescentou.
O estudo pede pesquisas futuras para obter "uma melhor descrição dessa fonte real de objetos potencialmente perigosos, grandes o suficiente para causar um desastre local ou mesmo continental".
O artigo está disponível no site da Astronomy & Astrophysics, pendente de publicação em sua revista renomada.