Ciência

Cientistas acham cavernas ocultas no fundo do mar que podem abrigar seres desconhecidos à humanidade

Estruturas estão localizadas em uma fenda que conta com múltiplas camadas de água com propriedades distintas

View of shadow of diver at an entrance of cave (kampee patisena/Getty Images)

View of shadow of diver at an entrance of cave (kampee patisena/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 20h12.

Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 20h27.

Tudo sobreOceanos
Saiba mais

A descoberta do Buraco Azul Taam Ja’, localizado na Baía de Chetumal, no México, tem despertado grande interesse nos campos da geologia e na oceanografia. Com impressionantes 420 metros de profundidade, esse sumidouro marinho, identificado em 2021, começou a ser analisado em detalhes apenas em 2023, graças ao uso de equipamentos modernos para medição de condutividade, temperatura e extensão.

Pesquisadores têm investigado a possibilidade de o buraco abrigar uma rede de cavernas e túneis subterrâneos, que podem conter ecossistemas ainda desconhecidos. Dados recentes indicam variações anômalas na densidade da água e formações geomorfológicas que sugerem estruturas intrincadas, de acordo com um artigo publicado no site Frontiers in Marine Science.

Uma característica intrigante desta fenda é a presença de múltiplas camadas de água com propriedades distintas. Enquanto uma camada superficial apresenta semelhanças com as lagoas costeiras do Caribe, uma camada mais profunda exibe características que remetem a passagens subterrâneas. Essas particularidades alimentam a hipótese de que o buraco azul poderia ser a entrada para um mundo submerso ainda inexplorado.

O ambiente extremo do buraco pode abrigar formas de vida adaptadas às condições de alta pressão e escuridão, além de apresentar composições químicas únicas. Esses ecossistemas poderiam revelar espécies desconhecidas, ampliando a compreensão sobre a biodiversidade nas profundezas marinhas.

Para aprofundar a pesquisa, os cientistas têm usado um perfilador de condutividade, temperatura e profundidade, capaz de alcançar até 500 metros. No entanto, até o momento, ele só foi utilizado até os 420 metros conhecidos do buraco azul. Avançar ainda mais poderia trazer respostas importantes para perguntas como: Como formas de vida evoluem em condições tão extremas?

O Buraco Azul Taam Ja’ continua a desafiar e fascinar cientistas, prometendo revelar segredos sobre os mistérios ocultos sob a superfície oceânica.

Acompanhe tudo sobre:OceanosOceanografiaMéxicoCaribe

Mais de Ciência

Ozempic ou Mounjaro? Pesquisa revela qual substância é mais eficaz para emagrecimento

Uso de Ozempic está ligado a doença de visão rara, diz estudo

Tubarão que vive 500 anos revela mistério que pode prolongar a vida humana

Empresa fará 'IPO' de esqueleto de dinossauro